O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, se reuniu nesta quarta-feira (15) com três deputados bolsonaristas investigados pela Polícia Federal por suposta divulgação de notícias falsas, as chamadas “fake news”, em relação às chuvas no Rio Grande do Sul e as ações do governo federal de apoio ao estado. O encontro, que ocorreu na sede do MJSP, contou com as presenças dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
O deputado Eduardo Bolsonaro detalhou, pelas redes sociais, que o ministro Lewandowski disse não ter partido dele a iniciativa para investigar parlamentares, mas que tinha o dever de acatar o pedido do então ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta), sob o risco de prevaricar. Lewandowski teria dito, ainda, que não iria interferir no trabalho da PF.
Eduardo Bolsonaro ponderou que a investigação de parlamentares pode desgastar a relação entre os poderes Executivo e Legislativo. “Eu mencionei que nunca no governo Bolsonaro um parlamentar foi investigado a pedido de um ministro ou do presidente e que esta situação não caia bem na relação democrática governo-Congresso. Reafirmei a liberdade de expressão de todos os agora investigados e a nossa imunidade parlamentar”, destacou o deputado, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O parlamentar acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “tentar aniquilar a oposição”. “A injustiça só aumenta nossa indignação e nos move a expor estas bizarrices aqui e no exterior”, destacou ele.