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domingo 23 de julho de 2023 às 16:43h

Lançamento da Aliança Global para os Biocombustíveis destaca papel do Brasil na descarbonização

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou neste último sábado (22), em Goa, na Índia, do lançamento da Aliança Global para os Biocombustíveis (Global Biofuels Alliance – GBA). A iniciativa é liderada pelo país asiático juntamente com o Brasil e os Estados Unidos.

O projeto, que pretende atrair mais países para a aliança, tem como objetivo ampliar a cooperação técnica e tecnológica visando a expansão de biocombustíveis, a descarbonização do setor de transportes e a transição energética.

Em seu discurso, Silveira destacou que o Brasil apoiou o projeto desde o primeiro momento, que tem como finalidade “oferecer ao mundo uma proposta concreta e imediata de descarbonização do setor de transportes”, destacou o ministro.

“O Brasil saúda e abraça com entusiasmo a iniciativa Indiana de lançar a Aliança Global para os Biocombustíveis, que terá a missão de ajudar os países, especialmente os do Sul Global, a trilhar um caminho de energia sustentável e contribuir desde já para o combate às mudanças climáticas. Neste setor, podemos garantir geração de emprego e renda, menor preço ao consumidor e diminuição da pegada de carbono no setor de transportes. Não queremos ficar isolados do mundo. Queremos, sim, a mobilidade sustentável mais eficiente e mais barata para as nossas populações”, completou.

Alexandre Silveira ressaltou que o Brasil já conta com uma solução tecnológica, altamente competitiva e eficiente, que são os veículos flex, lançados em 2003 durante o primeiro mandato do presidente Lula.

“O carro flex, que permite o uso de qualquer proporção de etanol e gasolina, foi um marco histórico para o país, trazendo novas e econômicas alternativas para o consumidor, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e projetando um novo cenário para a indústria automotiva nacional. E os resultados da política de etanol no Brasil são reconhecidos pela Agência Internacional de Energia, que em seus documentos e relatórios oficiais, tem destacado que os biocombustíveis e a bioenergia terão papel fundamental na descarbonização, na transição energética e na oferta de energia sustentável pelas próximas décadas”, destacou Silveira.

Iniciativas

Alexandre Silveira destacou que o Brasil tem a matriz energética mais limpa dentre as grandes economias no mundo e os biocombustíveis fazem parte da estratégia nacional para o cumprimento pleno da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira no Acordo de Paris.

Entre as ações desenvolvidas pelo MME estão os programas Renovabio e o Combustível do Futuro. “Acredito ser oportuno aqui dar o exemplo do esforço do nosso governo. Estamos trabalhando ativamente em nossa mais nova iniciativa chamada ´Combustível do Futuro´, que pretende fazer o Brasil avançar ainda mais com uma política pública integrada e voltada para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono”, reforçou Alexandre Silveira no evento.

O MME também está atuando na proposta de aumentar de 27,5% para 30% o teor de etanol na gasolina, que será discutida no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Segundo o ministro, fomentar a indústria sucroenergética é prioridade para o Governo Federal, ressaltando que o etanol contribui para que o Brasil tenha uma descarbonização barata e competitiva.

“A integração de programas visando a mobilidade sustentável possibilitará reduzir a intensidade de carbono dos combustíveis com maior utilização de etanol, biodiesel e biometano, ao mesmo tempo que a indústria automotiva brasileira terá metas para que seus motores sejam mais eficientes”, finalizou.

Números

Hoje, 80% da frota brasileira de veículos leves é composta por veículos flex, cujas vendas alcançaram a casa dos 40 milhões de unidades ao longo desses 20 anos.

Ao longo de quase 40 anos, o uso do etanol no Brasil proporcionou uma economia de mais de 2,5 bilhões de barris equivalentes de petróleo, que correspondem a mais de dois anos da atual produção brasileira de petróleo. Isso equivale a mais de 200 bilhões de dólares nos preços atuais.

Com esse deslocamento do uso de derivados fósseis, estima-se que deixaram de ser emitidos mais de 1,5 bilhão de toneladas de CO2 equivalente.

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