A Justiça Eleitoral atendeu nesta sexta-feira a um pedido da campanha do candidato do PS OL em São Paulo, Guilherme Boulos, e mandou o também candidato Pablo Marçal (PRTB) remover publicações de suas redes sociais em que associa o psolista, “através de falas e gestos”, ao uso de cocaína. As informações são do jornal, O GLOBO.
Em decisão liminar (provisória) publicada às 18h20, o juiz Rodrigo Marzola Colombini considerou que os vídeos de Marçal “possuem conteúdo unicamente difamatório à pessoa do autor, sem qualquer relevância político-eleitoral”. O magistrado também afirmou que a associação feita pelo candidato do PRTB não é acompanhada por “qualquer comprovação, mesmo que indiciária”.
Marçal vinha ameaçando, desde a convenção realizada pelo seu partido no último domingo, divulgar supostos laudos que mostrariam que há dois adversários “cheiradores de cocaína”. Durante e após o debate organizado nesta quinta-feira pela TV Bandeirantes, o empresário fez gestos com o nariz comumente usados para se referir a usuários de drogas inaláveis quando falava de Boulos. Também disse que o psolista frequenta “biqueiras” da cidade para buscar “o que mais lhe agrada”. Trechos desses momentos foram publicados por Marçal no Instagram, no X e no TikTok.
O juiz eleitoral deu 24 horas para que o candidato do PRTB apague as publicações, e também cobrou resposta da defesa no mesmo prazo. O magistrado da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo pediu ainda que Boulos apresente o texto que pretende divulgar caso seja concedido a ele direito de resposta.
Na representação à Justiça, os advogados de Boulos afirmaram que Marçal se comporta como um “sociopata”. Os defensores do deputado também denunciaram o adversário por suposta divulgação de notícias falsas com o intuito de influenciar o pleito eleitoral e suposto crime contra a honra de Boulos.
“Não satisfeito em baixar o nível do debate proposto, o requerido, em comportamento próprio de um sociopata, repetiu os absurdos em entrevista realizada após o debate e publicou em suas redes sociais vídeos em que repete os ataques à honra do peticionário”, escreveram.
Procurada, a equipe de Marçal não se manifestou até a publicação desta reportagem.