Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sinalizam informa a Folha, que as atividades ligadas ao campo já superaram o nível de empregos do pré-pandemia, levando em consideração vagas formais e informais.
No terceiro trimestre de 2021, o avanço foi de 574 mil postos frente a igual período de 2019, antes da pandemia.
Em termos percentuais, o crescimento foi de 6,8%, o maior na lista de dez atividades analisadas pelo IBGE.
Além de liderar o ritmo de geração de empregos, o agronegócio está ficando mais jovem e escolarizado, segundo estudo da consultoria IDados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
O total de trabalhadores rurais com até 29 anos é o mais alto desde 2015, 2,2 milhões no terceiro trimestre deste ano. Foi o grupo etário que mais cresceu em relação ao período anterior ao início da crise sanitária.
Já a quantidade de trabalhadores rurais com ensino superior dobrou em nove anos, em patamar recorde.
Segundo pesquisadores, a demanda aquecida e os preços em alta dos produtos da agropecuária colaboraram para o aumento dos postos.
“O campo perdeu mão de obra ao longo da história por causa da mecanização, que vai se acentuar. As novas gerações terão de ser mais treinadas”, diz Bruno Ottoni, da IDados e da FGV.