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Senador Jaques Wagner (PT-BA) — Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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sábado 14 de outubro de 2023 às 12:48h

Jaques Wagner chama de ‘abomináveis e covardes terroristas’ integrantes do Hamas

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O líder do governo Lula no Senado, o judeu Jaques Wagner (PT), defendeu na última terça-feira (10) em entrevista ao jornal Valor, que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente presidido pelo Brasil, deveria ir “além de uma mera declaração” e proclamar um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e Palestina. Nesta última sexta (13) Conselho de Segurança se reuniu em Nova York, que terminou sem chegar a nenhum consenso sobre o texto-final.

“Se a ONU e o Conselho quiserem ser valorizados, deveriam ir muito além de uma declaração. Deveria proclamar o cessar fogo imediato e nomear uma comissão de negociadores de fora dos dois países em conflito, Israel e Palestina, para impor uma mesa de negociação. Não há outra forma de acabar com essa matança”, disse o líder, acrescentando que o intuito é colocar fim ao conflito. O Brasil preside neste momento o Conselho de Segurança da ONU.

Wagner  reforçou que “qualquer ato terrorista é abominável sob todos os aspectos porque é covarde” e disse que a posição do governo brasileiro e da diplomacia é bem clara em relação a isso. “Os atos terroristas precisam ser condenados com veemência.”

Segundo o líder do governo Lula, os ataques do Hamas a Israel, no último fim de semana, tiveram como objetivo tentar atrapalhar possíveis acordos que estavam sendo feitos com os Estados Unidos e a Arábia Saudita.

O senador pela Bahia, Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de março de 1951, filho de Joseph Wagner e Cypa Perla Wagner, que são imigrantes judeus poloneses.

Hamas parabenizou Lula por eleição em 2022

O Hamas, grupo considerado terrorista por União Europeia, Israel, Reino Unido e Estados Unidos e que bombardeou Israel no último sábado (7), parabenizou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por ocasião de sua vitória nas eleições de 2022.

Na época, Basim Naim, membro do Bureau Político do Hamas, chamou Lula de “lutador pela liberdade” e considerou sua eleição “uma vitória para todos os povos oprimidos ao redor do mundo, particularmente o povo palestino, pois ele é conhecido por seu forte e contínuo apoio aos palestinos em todos os fóruns internacionais”.

presidente Luiz Inácio Lula da Silva usa um lenço palestino durante inauguração da Rua Brasil junto com o premeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Salam Fayyad, em Ramallah, na Cisjordânia - AFP
Quando Lula da Silva estava em seu segundo mandato em 2011 e usou um lenço palestino durante inauguração da Rua Brasil junto com o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Salam Fayyad, em Ramallah, na Cisjordânia – Foto: AFP

A conhecida posição do presidente Lula em apoio ao Estado Palestino foi reiterada no mês passado, quando, como de praxe, o Brasil abriu a reunião ordinária anual da Assembleia Geral das Nações Unidas. No seu 8º discurso na plenária da Assembleia Geral, Lula afirmou. “É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças. Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino”, disse Lula.

Durante os mandatos anteriores de Lula, (de 2003 a 2010), o país reiterou, na abertura das Assembleias da ONU, a posição de apoio a solução de 2 Estados como meio de alcançar uma paz na região, defendendo o fim da ocupação de territórios palestinos.

Por que o Hamas atacou Israel?

Ramificação do braço palestino da Irmandade Muçulmana, maior e mais antiga organização islâmica do Egito, o Hamas tinha, inicialmente, o duplo propósito de implementar uma luta armada contra Israel, liderada por sua ala militar, as Brigadas Izzedine al-Qassam, e de oferecer programas de bem-estar social aos palestinos.

O que é que o Hamas quer?

O Hamas sempre defendeu a violência como meio de libertação dos territórios palestinianos ocupados e apelou à aniquilação de Israel. O Hamas levou a cabo atentados bombistas suicidas e, ao longo dos anos, disparou dezenas de milhares de foguetes, cada vez mais potentes, de Gaza para Israel.

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