De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, mesmo com tratamento adequado, pacientes infectados podem não sobreviver. A entidade alerta que “entre dez pessoas com STSS, até três podem morrer” devido à doença.
A síndrome do choque tóxico estreptocócico é geralmente causada pela bactéria Streptococcus do grupo A (GAS). A condição ocorre quando o microrganismo se dissemina pelos tecidos do corpo e pela corrente sanguínea do hospedeiro.
Os sintomas mais comuns incluem febre, vômitos, dores musculares, inchaço e pressão arterial baixa, podendo levar a choque tóxico e falência múltipla dos órgãos.
Embora a causa do aumento recente de casos ainda esteja sendo investigada, pesquisadores suspeitam que possa estar relacionada à Covid-19.
Especialistas acreditam que as medidas de distanciamento social reduziram drasticamente o número de infecções, o que pode ter enfraquecido o sistema imunológico das pessoas, já que uma boa imunidade depende da exposição a bactérias no dia a dia.
“Podemos aumentar a imunidade se estivermos constantemente expostos a bactérias. Mas esse mecanismo esteve ausente durante a pandemia do coronavírus. Portanto, mais pessoas estão agora suscetíveis à infecção, e essa pode ser uma das razões para o aumento acentuado de casos”, ponderou o professor Ken Kikuchi, da Universidade Médica Feminina de Tóquio, em entrevista à emissora pública japonesa NHK.