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terça-feira 28 de janeiro de 2025 às 08:03h

Jantar em apoio a Hugo Motta na presidência da Câmara tem Lira, Valdemar e ministros de Lula ao lado de Tarcísio e Nunes

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Favorito na eleição à Presidência da Câmara dos Deputados, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), foi aclamado em um jantar em São Paulo com políticos de diferentes partidos na noite de segunda-feira (27).

Na reta final de sua campanha, Motta reuniu em uma pizzaria em Higienópolis, na região central, autoridades como o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o governador de São Paulo,Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), e uma série de líderes partidários, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Houve ainda a presença de uma delegação do PT, com 5 dos 10 paulistas da Câmara. Além deles, dois ministros do governo Lula participaram: Márcio França (PSB), de Empreendedorismo; e Silvio Costa Filho (Republicanos), de Portos e Aeroportos.

Com amplo apoio, a candidatura de Motta tem o aval de partidos de esquerda, centro e direita, e a eleição dele, no próximo sábado (1º), é dada como certa.

Em seu discurso, Motta enalteceu o centro e disse que ser de centro não é uma “uma ausência de posição”, mas uma “ausência de preconceitos”.

O centro político do país é muitas vezes criticado, porque transparece que o Centro é uma ausência de posição. Não. O Centro é uma ausência de preconceitos. Nós não temos preconceito de onde a ideia vem. Se a ideia é boa para o país, nós temos a capacidade de buscar implementar em favor da nossa nação, de quem mais precisa.

— Hugo Motta, deputado federal e candidato favorito à presidência da Câmara

Para exemplificar, ele destacou a presença no jantar de pessoas de diferentes partidos. “Temos o representante do Partido dos Trabalhadores (Kiko Celeguim) ao lado do presidente do Partido Liberal (Valdemar Costa Neto), dando uma demonstração de que nós podemos, sim, encontrar convergência na nossa divergência. A Câmara dos Deputados demonstra maturidade política”, afirmou.

A defesa da convergência também passou por menção às eleições de 2026. “Nós temos que tratar de eleição no momento da eleição, e agora, no momento em que podemos exercer os nossos mandatos, nós temos uma responsabilidade maior com quem nos elegeu.”

Ode à Lira

O evento foi capitaneado pelo presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, e pelo presidente do PP no estado, Maurício Neves, ambos deputados federais.

A maioria dos discursos na noite incluiu elogios à gestão de Lira, que comandou a Câmara nos últimos quatro anos e tem um futuro político ainda incerto. Ele já confidenciou a aliados que pretende ser candidato ao Senado nas próximas eleições.

“Sua firmeza e sua condução depois da eleição de 2022 foi fundamental para garantir a estabilidade institucional”, disse o petista Kiko Celeguim.

O governador Tarcísio de Freitas também enalteceu a atuação do alagoano. “Fez um grande trabalho, de convergência, em um momento ímpar: passamos reformas, garantiu lastro para a economia, a reforma tributária. É vocacionado e fez seu sucessor.”

Custo do apoio

A noite, porém, também foi de cobranças a Motta. O deputado federal Arnaldo Jardim, coordenador da bancada paulista do Cidadania na Câmara, elencou as demandas da bancada, a maior do país, com 70 dos 513 deputados federais.

“Fizemos a reforma tributária com você ao nosso lado, porque houve uma série de prerrogativas, como a Zona Franca de Manaus, e entendemos, mas queremos manter nossa competitividade. Fizemos acordo para ter nossa indústria preservada, e faço apelo para que mantenha esse compromisso”, disse Jardim.

“Votamos o Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados) e vieram vetos. Queremos discutir veto que ameaça São Paulo.”

Governadores do Rio e de Minas Gerais já criticaram publicamente os vetos de Lula ao projeto de renegociação de dívidas dos estados com a União.

O deputado falou também na criação de um fundo para os estados do Sul e Sudeste, algo já discutido nas reuniões do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste).

“Reconhecemos fundo do Nordeste, do Norte, do Centro-Oeste. Não tem por que não termos o do Sul-Sudeste.”

Jardim encerrou seu pronunciamento cobrando “proporcionalidade” nas emendas de bancada. “Todos sabemos que temos emenda de bancada. E temos que reequilibrar. Há um descompasso na relação de São Paulo e na proporcionalidade. Não queremos tirar de ninguém, mas ter o justo reconhecimento. Que você possa nos ajudar.”

Na soma dos últimos quatro anos, o valor de emendas de bancada empenhadas para as 27 Unidades da Federação variaram de R$ 1,04 bilhão a R$ 1,75 bilhão, a depender da UF. São Paulo teve destinação semelhante à de Sergipe, com aprovação de emendas de bancada de R$ 1,08 bilhão entre 2021 e 2024.

Em que pese ter a maior população do país, com 44 milhões de habitantes, SP tem o segundo maior índice de desenvolvimento humano (IDH) e a segunda maior renda domiciliar per capita (R$ 2.492), atrás apenas do Distrito Federal.

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