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Janja, esposa de Lula, tem controlado as redes do ex-presidente junto do fotógrafo Ricardo Stuckert Miguel Schincariol/AFP
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terça-feira 20 de dezembro de 2022 às 07:41h

Janja quer amiga no ministério e congestiona vagas da esquerda no governo

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A futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, quer a ex-funcionária de Itaipu Maria Helena Guarezi no Ministério da Mulher. Amigas e conterrâneas do Paraná, elas trabalharam juntas na hidrelétrica. De acordo com  Vinícius Valfré, do Estadão, essa indicação feita pela mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva congestiona os espaços cobiçados por lideranças da esquerda no primeiro escalão do governo.

A ativista e jornalista Anielle Franco, irmã da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) – que foi assassinada em 2018 – era uma das cotadas para a pasta da Mulher. A presidente do PCdoB, Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco, também estava no páreo. Com o interesse de Janja em emplacar a amiga, porém, uma ala do PSOL tenta indicar Anielle para o Ministério da Promoção da Igualdade Racial.

A interlocutores, Lula garantiu que as duas pastas serão criadas em “homenagem às mulheres e aos negros que o elegeram”. O movimento negro, porém, faz pressão para que o chefe da nova pasta seja Martvs das Chagas, secretário de Planejamento do Território e Participação Popular da Prefeitura de Juiz de Fora (MG) e secretário nacional de combate à discriminação do PT.

Anielle Franco, irmã de Marielle, era uma das cotadas para a pasta da Mulher.
Anielle Franco, irmã de Marielle, era uma das cotadas para a pasta da Mulher – Foto: Reprodução . 

A confirmação do petista no novo Ministério da Promoção da Igualdade Racial dificultaria a participação de Anielle e Luciana no primeiro escalão. Além da definição na pasta voltada às mulheres, o professor Silvio Almeida já teria sido designado para o Ministério dos Direitos Humanos.

Assim como Maria Helena, Anielle Franco fez parte da equipe de transição do governo, dedicada ao tema “Mulheres”. Luciana Santos, por sua vez, integrou o Conselho Político da transição.

O governo Lula terá 37 ministérios, como informou o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Na sala em que despacha na sede do governo de transição, em Brasília, Costa tem um mapa da nova Esplanada e trabalhou nas últimas semanas dividindo as “caixinhas”, como interlocutores chamam as estruturas dentro de cada ministério.

O presidente eleito decidiu criar o Ministério dos Povos Originários. A pasta passará a comandar a Fundação Nacional do Índio (Funai), hoje ligada à Justiça. Lula também trará de volta à Esplanada o Ministério da Pesca.

Economia será desmembrada em Fazenda, Planejamento, Gestão e Indústria e Comércio. Já o Ministério da Infraestrutura deixará de existir no modelo que tem hoje, dando lugar a uma pasta que cuidará de Portos e Aeroportos e outra responsável por Transportes.

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