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A Terra registrou um novo recorde de calor. Dados do observatório europeu Copernicus, divulgados nesta quinta-feira (6), mostram que a temperatura média do mês foi de 13,23ºC, ficando 1,71ºC acima do nível pré-industrial (1850-1900) – isto é, antes das emissões de gases de efeito estufa crescerem significativamente com as indústrias.
Segundo o relatório, esse é o 18º dos últimos 19 meses em que a temperatura média global superou 1,5°C em relação ao nível pré-industrial. Além disso, a temperatura média ficou 0,79°C acima da média registrada para janeiro no período entre 1991-2020.
January 2025 was the warmest January ever recorded. Last month was 1.75°C above the pre-industrial level and 0.79°C above the 1991-2020 average. The persistence of high temp. underscores significant climate trends.
Read the full #C3S Climate Bulletins: https://t.co/PCInDl2rNO pic.twitter.com/jzuTxlkWwQ— Copernicus ECMWF (@CopernicusECMWF) February 6, 2025
A Europa teve o segundo janeiro mais quente da história. As temperaturas ficaram mais acima da média no sul e leste do continente, incluindo a Rússia ocidental, que teve as maiores anomalias quentes. Em contrapartida, as temperaturas ficaram abaixo da média na Islândia, Reino Unido e Irlanda, norte da França e norte da Escandinávia.
Fora da Europa, as temperaturas ficaram mais acima da média no nordeste do Canadá. Parte da África, América do Sul e Austrália também tiveram temperaturas mais quentes do que a média, com a Austrália tendo seu segundo janeiro mais quente desde 1910. No Ártico, a extensão do gelo marinho atingiu seu menor valor para o mês.
Samantha Burgess, que faz parte da equipe do Copernicus, disse que o resultado de janeiro surpreendeu os integrantes do grupo. Isso porque o mês manteve os recordes de temperatura observados nos últimos dois anos, apesar das condições do La Niña no Pacífico tropical e do efeito temporário de resfriamento nas temperaturas globais.
