Israel não enviará uma delegação ao Cairo para negociações sobre um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns de Gaza, disse uma autoridade israelense à CNN neste domingo (3).
O responsável disse que a razão foi que o Hamas não respondeu a duas exigências israelenses: uma lista de reféns, especificando quais estão vivos e quais estão mortos; e confirmação da proporção de prisioneiros palestinos que serão libertados das prisões israelenses em troca de reféns.
O responsável pediu para não ser identificado.
A decisão de não enviar uma delegação israelense foi tomada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em coordenação com o diretor da Mossad, David Barnea – que tem sido um importante negociador israelense – depois de Barnea ter recebido uma mensagem de que o Hamas não tinha respondido às condições, disse o responsável israelense.
Um alto funcionário do Hamas não respondeu imediatamente a uma pergunta da CNN sobre se o grupo militante tinha respondido às condições de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu os termos em um discurso na quinta-feira (29), dizendo: “Exijo saber antecipadamente os nomes de todos os reféns que serão incluídos no esboço. Ainda não recebi uma resposta sobre as duas perguntas e é muito cedo para dizer, apesar da nossa vontade, se conseguiremos um esboço para um lançamento adicional nos próximos dias.”
A decisão israelense de que nenhuma delegação irá ao Cairo surge apenas um dia depois de um alto funcionário da administração do presidente dos EUA, Joe Biden, ter dito aos jornalistas que Israel tinha “basicamente aceitado” uma proposta de cessar-fogo de seis semanas.
Uma delegação do Hamas chegou ao Cairo no domingo, disse uma fonte importante do Hamas ao canal CNN.