A Força Aérea de Israel atacou duas posições na Faixa de Gaza neste domingo (29), depois que palestinos lançaram balões incendiários contra o território israelense.
“Os ataques tiveram como alvos um complexo militar do Hamas utilizado para a fabricação de armas e a para treinamentos e a entrada de um túnel terrorista adjacente a Jabalia”, afirma um comunicado divulgado pelo Exército israelense.
“Os ataques foram uma represália aos lançamentos de balões incendiários por parte do Hamas no território (israelense) e pelos violentos confrontos que aconteceram no sábado”, completa a nota.
As autoridades de Gaza não mencionaram nenhuma vítima até o momento.
Em Washington, onde se reuniu na sexta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, declarou que responsabiliza o movimento islamita palestino por qualquer distúrbio na Faixa de Gaza.
No sábado à noite aconteceram confrontos entre o Exército israelense e palestinos, após a convocação de vários grupos palestinos em Gaza para protestos contra o bloqueio imposto por Israel no território há quase 15 anos.
As forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Os manifestantes queimaram pneus.
O ministério da Saúde de Gaza informou que 11 palestinos ficaram feridos nos distúrbios, três deles por tiros de munição letal.
Os bombeiros israelenses informaram que os balões lançados a partir de Gaza provocaram incêndios florestais no país.
No sábado da semana anterior, quase 40 pessoas foram feridas por tiros israelenses, segundo as autoridades de Gaza, incluindo Omar Hassan Abu Al Nile, um adolescente palestino que faleceu uma semana depois. Um integrante das forças de segurança de Israel, ferido a tiros, permanece em estado crítico.
Durante a semana foram registrados vários incidentes, com ataques israelenses, lançamentos de balões incendiários de Gaza e confrontos na cerca de fronteira que separa o território de Israel.
Neste domingo, o Egito reabriu a passagem de fronteira de Rafah com a Faixa de Gaza nos dois sentidos, após a reabertura parcial na quinta-feira. Esta é a única ligação do território palestino com o exterior que não é controlada por Israel e que havia sido fechada na segunda-feira.