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quarta-feira 18 de setembro de 2024 às 14:53h

Israel anuncia ‘nova fase da guerra’ e desloca tropas para a fronteira do Líbano

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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou nesta quarta-feira (18) que o “centro de gravidade” da guerra contra os seus inimigos na região está mudando para o norte, à medida que tropas israelenses se deslocam para a fronteira com o Líbano. A declaração do ministro ocorre em meio à série de ações — atribuídas a Israel, que não confirma — contra meios de comunicação analógicos do movimento libanês Hezbollah, incluindo pagers e walkie-talkies.

— O centro de gravidade está se movendo para o norte. Estamos desviando forças, recursos e energia para o norte — disse Gallant durante uma visita à base aérea de Ramat David, operada pela Força Aérea israelense. — Acredito que estamos no início de uma nova fase nesta guerra, e precisamos nos adaptar. Precisaremos de consistência ao longo do tempo, esta guerra requer grande coragem, determinação e perseverança.

Especialistas e fontes de segurança ouvidos por meios de comunicação internacionais especularam que a detonação de equipamentos eletrônicos do Hezbollah era apenas a primeira etapa de um plano mais amplo de Israel. A ideia inicial, especula-se, poderia incluir até mesmo uma invasão da parte sul do Líbano, enquanto o inimigo ainda estivesse absorvendo o impacto das detonações, mas a suspeita do Hezbollah sobre a adulteração dos dispositivos teria antecipado o planejamento, e a detonação acabou sendo realizada isoladamente.

As hostilidades entre Israel e Hezbollah, que chegaram a travar uma guerra sangrenta em 2006, aprofundaram-se após o início da guerra em Gaza. O movimento libanês, aliado do Hamas no Eixo da Resistência, lançou foguetes e projéteis de artilharia contra o território israelense em solidariedade ao grupo palestino. As forças do Estado judeu responderam e, desde então, os dois lados da fronteira têm um cotidiano de ataques aéreos trocados e ordens de retirada da população civil.

Em viagem ao norte de Israel em março, o jornal brasileiro O Globo noticiou in loco a tensão entre moradores de localidades próximas à Linha Azul, que divide os dois países. Há meses, especialistas e residentes da região já classificavam como inevitável uma escalada do conflito. A dúvida permanecia sobre quando o conflito irromperia: se imediatamente, no contexto da guerra em Gaza, ou em um espaço de meses ou anos. Alguns defendiam que fosse imediato, para que a rotina das famílias na região pudessem voltar a normalidade, com a eliminação da ameaça do Hezbollah.

Na declaração desta sexta-feira, Gallant afirmou que “devolver os moradores das cidades do norte para suas casas em segurança” era o objetivo da guerra no norte. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fez um breve comentário no mesmo sentido:

— Eu já disse, nós devolveremos os moradores do norte em segurança para suas casas — afirmou Netanyahu, sem citar as explosões no Líbano. — E é exatamente isso que faremos.

Em uma visita ao Comando do Norte, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses, Herzl Halevi, indicou que os militares estão preparados para os “dois próximos estágios” da guerra, e que em cada um seria cobrado um “alto preço” do Hezbollah.

— Temos muitas capacidades que ainda não ativamos… vimos algumas dessas coisas, parece-me que estamos bem preparados e estamos preparando esses planos para o futuro — afirmou Halevi, reiterando que o objetivo seria devolver os civis a suas casas no norte.

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