terça-feira 8 de outubro de 2024
Bombardeio israelense na região sul de Beirute — Foto: Mohammad Abou Al Ainain/AFP
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terça-feira 8 de outubro de 2024 às 08:52h

Israel amplia operação terrestre contra o Líbano e volta a bombardear Beirute; Hezbollah lança pior ataque contra Haifa

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As Forças Armadas de Israel anunciaram nesta terça-feira (8) que estão ampliando a área da operação por terra no Líbano, com o envio de novas divisões do Exército ao sudeste do país. À medida que as tropas continuam a realizar o que o comando militar classifica como ações “limitadas”, a guerra aérea com o Hezbollah continua a escalar. Israel voltou a bombardear Beirute, enquanto o movimento libanês realizou o maior ataque com foguetes contra Haifa, terceira maior cidade e principal centro urbano do norte do país, desde o início da guerra — embora tenha anunciado que está disposto a colaborar com um plano de paz.

As novas operações israelenses começaram ainda na segunda-feira, segundo o anúncio do Exército, com o destacamento de uma nova divisão para atuar além da fronteira. Uma série de incursões foi confirmada partindo do nordeste de Israel com direção ao sul e sudeste do Líbano. O Exército não revela quantas tropas operam no país, mas o jornal Times of Israel aponta um número superior a 15 mil militares.

Em um vídeo divulgado pelos militares, por volta das 13h15 (7h15 em Brasília), uma companhia aparece tomando o controle de um posto de combate do Hezbollah, com ao menos uma peça de artilharia voltada para Israel. A posição estaria perto da fronteira, segundo o comunicado.

Paralelamente, a guerra aérea continua com toda a intensidade. A mídia estatal libanesa relatou que aviões de guerra israelenses realizaram ataques em áreas como Tiro, Arabsalim e nos arredores ao sul de Beirute. Os militares confirmaram nesta terça-feira que mataram o oficial do Hezbollah responsável pelo quartel-general do grupo, Suhail Hussein Husseini, em um ataque na madrugada.

De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, ao menos 2.083 pessoas foram mortas no país e quase 10 mil ficaram feridas desde que a guerra em Gaza começou em outubro passado. A maioria das mortes ocorreu nas últimas três semanas, desde que a guerra se intensificou após a detonação de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah.

Do outro lado da fronteira, a cidade de Haifa foi alvo do mais intenso ataque do Hezbollah desde o início da guerra, com mais de 100 projéteis disparados até as primeiras horas da manhã desta terça. A imprensa israelense noticiou que uma idosa ficou levemente ferida após ser atingida por um estilhaço.

‘Fracasso’ militar e apoio a plano de paz

Em um discurso transmitido por rádio e TV, o vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem — que ocupa a liderança “de fato” do grupo desde a morte de Hassan Nasrallah —, afirmou que a missão por terra de Israel no sul do Líbano era um fracasso e que as capacidades militares do grupo estão intactas, apesar dos ataques recorrentes lançado pelas tropas israelenses nas últimas semanas.

— Nossas capacidades militares estão bem. O que nossos inimigos dizem sobre nossas capacidades de luta é uma ilusão. Eles estão mentindo. Nossos combatentes na linha de frente estão sólidos. O que aconteceu nos últimos 10 dias é que a dor dos israelenses está aumentando — afirmou Qassem, acrescentando que o número de deslocados no lado israelense da fronteira irá aumentar. — O plano israelense é matar civis libaneses e esvaziar vilas para causar caos. Mas eu digo a eles que seus esforços são um fracasso.

Qassem também afirmou que o Hezbollah apoia esforços do Parlamento — sobretudo do presidente do Legislativo, Nabih Berri, do partido xiita Amal — para alcançar um cessar-fogo com Israel.

— Apoiamos os esforços políticos liderados por Berri sob a bandeira de alcançar um cessar-fogo. Uma vez que o cessar-fogo esteja firmemente estabelecido e a diplomacia possa alcançá-lo, todos os outros detalhes serão discutidos e as decisões serão tomadas de forma colaborativa — afirmou.

Não ficou claro, contudo, em que medida o plano de cessar-fogo para o Líbano incluiria garantias de trégua em Gaza, algo que o movimento libanês havia apontado como uma pré-condição para suspender os ataques contra o Estado judeu.

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