As irmãs Márcia de Barros Saad e Maria Leonor Saad pediram a interdição de João Carlos Saad, conhecido como Johnny Saad, do cargo de presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação. No entanto, o processo movido pelas herdeiras foi negado pela 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo na noite dessa última segunda-feira (4).
Esta foi a quinta tentativa das irmãs de conseguirem uma liminar, segundo destaca a imprensa de São Paulo. A Justiça paulista negou todas.
Na decisão, o juiz Eduardo Palma Pellegrinelli criticou as autoras do processo “pela sua inércia”.
“Entretanto, o descontentamento das autoras em muito deve ser atribuído à sua própria inércia, eis que a presente ação foi ajuizada no dia 11/09/2018 e o requerimento de instauração do procedimento arbitral apenas foi formulado em dezembro, pelo corréu João”, disse no documento.
A crítica do juiz aconteceu porque o processo só teve andamento depois que Johnny entrou com um procedimento para que uma corte arbitral votasse a questão, já que uma indefinição pode gerar uma crise ainda maior no Grupo Bandeirantes.
Márcia e Leonor tentavam invalidar que Johnny Saad participasse das reuniões do conselho administrativo que estão marcadas para esta terça-feira (5) e para a próxima quinta (7).
Johnny deve permanecer nas discussões e tem direito a votar e ser votado para presidente do conglomerado. No entanto, a medida é cautelar. A Justiça deve votar a sua permanência à frente da empresa, mas ainda não há data marcada.
O atual presidente do grupo é criticado por todos por conta da gestão familiar e nada profissional do grupo. Márcia e Leonor não estariam pretendendo usurpar o poder de Johnny, mas querem a profissionalização de todos os segmentos do grupo e que o CEO, cargo ocupado por ele desde 1999, seja trocado a cada três anos.
O processo segue na Justiça de São Paulo e a corte decidirá como a Band deverá ser gerida. A emissora não se pronunciou sobre o caso.