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Funcionário trabalha em uma fábrica de uma empresa de energia eólica em Ulanqab, Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, em 2 de agosto de 2022. - Foto: Xinhua/Li Zhipeng
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quinta-feira 2 de maio de 2024 às 17:56h

Investimento estrangeiro direto soma US$ 9,6 bilhões em março, o maior para o mês em 12 anos

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Os investimentos estrangeiros diretos no país somaram US$ 9,59 bilhões em março, informou o Banco Central nesta quinta-feira (2).

Isso representa aumento frente ao mesmo período do ano passado, quando os investimentos totalizaram US$ 7,34 bilhões.

Esse também foi o maior valor, para esse mês, desde 2012 — quando os investimentos estrangeiros foram de US$ 14,96 bilhões. A série histórica do BC para este indicador tem início em janeiro de 1995.

Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, os estrangeiros trouxeram US$ 23,3 bilhões em investimentos ao país, contra US$ 21 bilhões no mesmo período de 2023. Uma alta de 11%.

Um dos motivos para o país atrair mais investimentos estrangeiros, segundo economistas, é a manutenção do cenário de crescimento econômico. A atividade produtiva no país segue em bom nível. Outro fator é o aquecimento do mercado de trabalho. Com isso, os investidores estrangeiros veem no Brasil uma chance maior de rentabilidade para seus aportes financeiros.

Para o país, esse movimento é positivo. Com mais entradas de investidores estrangeiros, o Brasil obtém mais moeda externa (o dólar), o que mantém o real em uma cotação sob controle e, consequentemente, também a inflação. Os dólares externos também ajudam a financiar obras e projetos dentro do país, o que impulsiona a economia.

A curva do dólar este ano está assim:

  • alta de 0,50% na semana;
  • alta 1,49% no mês; e
  • alta 4,89% no ano.

Contas externas

Já o rombo das contas externas brasileiras subiu 14,1% no primeiro trimestre deste ano, para US$ 14,4 bilhões. Em igual período do ano passado, o déficit somou US$ 12,6 bilhões.

O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

De acordo com o BC, o crescimento do saldo negativo das contas externas, na parcial deste ano, está relacionado principalmente com a piora no resultado da conta de serviços.
Somente mês de março, segundo o Banco Central, as contas externas registraram um rombo de US$ 4,6 bilhões, em comparação com um superávit de US$ 700 milhões no mesmo período do ano anterior.

Gastos de brasileiros no exterior

Já os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, com relativa estabilidade frente ao mesmo período de 2023 – quando totalizaram US$ 3,2 bilhões.

As despesas de brasileiros fora do país são influenciadas por fatores como o nível de atividade econômica – que apresentou estabilidade em 2023 -, o nível do emprego e da renda (em alta), e, também, o preço do dólar (usado nas transações internacionais).

Somente em março, os gastos de brasileiros no exterior totalizaram US$ 1,05 bilhão, em comparação com US$ 1,12 bilhão no mesmo mês do ano passado.

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