No momento em que também celebra a repatriação dos 32 brasileiros e de seus familiares que deixaram a Faixa de Gaza rumo ao Brasil – e que se somam aos mais de 1.400 brasileiros e seus parentes que deixaram Israel e Cisjordânia desde 7 de outubro, o Instituto Brasil-Israel (IBI) cumprimenta o governo brasileiro pelos esforços na retirada desses cidadãos da zona de guerra.
No entanto, a entidade lamenta a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento realizado nesta segunda,13, quando equiparou os ataques de um grupo terrorista – o qual usa a população palestina como escudo humano, segundo suas próprias palavras — à reação militar do governo israelense.
Em nota, o IBI manifesta “ser uma pena que o governo do Brasil, frente à tragédia da guerra, perca o equilíbrio e a ponderação, reduzindo a possibilidade de contribuir de maneira decisiva e propositiva com negociações entre as várias partes no conflito.
A acusação reforça os extremistas de ambos os lados e enfraquece as partes que lutam por um futuro de coexistência para israelenses e palestinos.
O IBI segue exortando as autoridades do nosso país a empreender os esforços necessários para libertar os 230 reféns, israelenses e de diversas nacionalidades, levados a Gaza. Seu retorno em segurança é condição básica para negociações que permitirão acabar com essa guerra, iniciada pelo grupo terrorista Hamas, cujo massacre tirou a vida, entre outros, de três cidadãos brasileiros: Karla Stelzer Mendes, Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu.
Esta é uma condição a que todos aspiramos como abertura para a negociação de um processo de paz com base em dois Estados democráticos, vivendo lado a lado, sem hostilidades.”
Instituto Brasil-Israel