A inflação no Brasil desacelerou em outubro e caiu para 4,82% nos últimos doze meses, indicam dados divulgados nesta última sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa acumulada foi alcançada após o aumento de 0,24% nos preços do varejo no mês de outubro, com uma diferença mínima de setembro, que registrou 0,26% no índice mensal e 5,19% na inflação dos doze meses.
O resultado de outubro foi menor que a média de 0,28% avaliada por 41 instituições financeiras e consultorias consultadas pela revista econômica Valor.
O percentual também representou uma queda frente ao avanço de preço de 0,59% registrado em outubro de 2022.
O aumento em outubro foi impulsionado principalmente pelo impacto dos aumentos nos transportes (0,35%), com forte incidência nas passagens aéreas (23,7%).
O gerente da pesquisa, André Almeida, indicou que “o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano” explicam, em parte, o aumento no preço das passagens.
Além disso, os alimentos e bebidas voltaram a subir (0,31%) após quatro quedas, indicou o instituto em comunicado.
Com a taxa de 4,82% nos últimos doze meses até outubro, a inflação se aproxima do teto da meta de inflação do Banco Central do Brasil (BCB), estabelecida em 4,75%.
A expectativa do mercado é que, até o final de 2023, a taxa acumulada baixe para 4,63%, segundo a última pesquisa Focus, do BCB, divulgada no começo da semana.
A moderação dos aumentos de preços motivou o BCB a iniciar, em agosto passado, após três anos, um ciclo de redução na taxa básica de juros (Selic).
No início de novembro, a autoridade monetária aplicou a terceira queda consecutiva, estabelecendo a taxa em 12,25%.