O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) recuou 0,97% em outubro. Com a terceira deflação consecutiva, o indicador responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de locação vigentes no Brasil acumula alta de 5,58% no acumulado dos últimos 12 meses, percentual a ser repassado aos contratos com vencimento em novembro.
A taxa negativa do índice ocorre após as quedas de menor magnitude apuradas nos meses de agosto (-0,95%) e setembro (-0,7%), o que confirma a trajetória de recuo do chamado “Inflação do Aluguel”. As informações foram apresentadas nesta sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Na prática, os inquilinos que pagam mensalmente um aluguel de R$ 1.300 passarão a ter que desembolsar R$ 1.372,54 (+R$ 72,54) todos os meses para continuar morando no mesmo imóvel. Para evitar o reajuste significativo, a dica é renegociar o aumento diretamente com o proprietário do imóvel.
A variação do IGP-M acumulada nos 12 meses encerrados neste mês mantém a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentava variação de 37% para as locações que venceriam no próximo mês, e coloca o indicador no menor patamar desde maio de 2020 (+6,51%). Em outubro do ano passado, o índice havia subido 0,64% e acumulava alta de 21,73% em 12 meses.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.