A escolha de um desembargador como Kassio Nunes para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) foi vista como uma “boa saída” de Jair Bolsonaro para não causar animosidade em outra arena de candidatos, a do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A lista de ministros do STJ que pleiteiam um lugar no Supremo tem pelo menos meia dúzia de nomes. O elevado número de interessados na vaga de Celso de Mello é visto por integrantes do Palácio do Planalto como “problemática”. Aliados de primeira hora do governo dizem que é impossível escolher um magistrado do STJ sem desagradar os demais.
Para integrantes do governo, as divisões e brigas entre os ministros do STJ dificultam, inclusive, conforme a coluna de Bela Megale, é de que um deles seja alçado ao Supremo. Informados sobre a escolha de Kassio Nunes, dois integrantes do STJ tiveram a mesma reação e disseram que, pelo menos, o escolhido não era um desafeto da própria corte.
Mas os magistrados não desistiram. Ainda há articuladores influentes, principlamente do próprio Supremo, trabalhando para que o presidente troque Nunes por um nome do Superior Tribunal de Justiça.