O iFood tentou barrar a organização dos entregadores de apps por meio de táticas de propaganda típicas de campanhas políticas, como criação de páginas e perfis falsos para difamar adversários. As informações foram publicadas pela Agência Pública, que diz ter consultado documentos confidenciais e entrevistado pessoas das agências de publicidade envolvidas com o material.
Segundo a reportagem, as páginas atuaram com uma técnica batizada de “Lado B”, pela qual perfis falsos administrados por profissionais alimentam as redes com conteúdo a respeito de um tema, geralmente utilizando a mesma linguagem do público-alvo. No episódio do iFood, as agências tentavam desmobilizar a greve de 2020 dos trabalhadores de aplicativos.
Ao Estadão, o iFood defende o direito dos entregadores de se manifestarem e afirmou que se compromete com a investigação do caso. “O iFood reafirma que suas comunicações institucionais são realizadas apenas por seus canais oficiais, e que não compactua com geração de informações falsas, automação de publicações por uso de robôs ou compra de seguidores”, diz a nota da empresa.