Os sindicatos perderam 713 mil trabalhadores em 2023, de acordo com dados da Pnad Contínua Características Adicionais do Mercado de Trabalho, pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira, 21.
Dos 100,7 milhões de ocupados do país no ano passado, 8,4 milhões, ou 8,4%, eram associados a sindicatos, contra 9,1 milhões em 2022. Esse é o menor contingente e o menor percentual da série iniciada em 2012, quando registrou–se 14,4 milhões de trabalhadores sindicalizados, ou 16,1% na época.
No comparativo entre o início da série histórica em 2012 e os dados do ano passado, as maiores quedas na taxa de sindicalização foram nos seguintes segmentos:
- transporte, armazenagem e correio: de 20,7% para 7,8%
- indústria geral: de 21,3% para 10,3%
- administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: de 24,5% para 14,4%
A Pnad também apontou que os empregados no setor público tinham a maior taxa de sindicalização, com 18,3%, sendo 10,1% os trabalhadores sindicalizados no setor privado.
As menores coberturas sindicais estavam entre os empregados no setor privado sem carteira assinada (3,7%) e os trabalhadores domésticos (2,0%).
CNPJ
Conforme a Pnad, entre os 29,9 milhões de empregadores e trabalhadores por conta própria do país, 9,9 milhões, ou 33%, estavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), sendo a segunda maior taxa da série histórica, ficando atrás de 2022, quando o percentual era de 34,2%.
As atividades de serviços e comércio concentravam a maior parte dos trabalhadores por conta própria, sendo 55,2% e 24,9%, respectivamente.
Entre os 29,9 milhões de pessoas ocupadas como empregador ou trabalhador por conta própria, 4,5% eram associadas à cooperativa de trabalho ou produção, mais uma vez, o menor percentual da série histórica.