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quarta-feira 27 de julho de 2022 às 18:33h

Homem é curado do HIV após transplante; entenda

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Homem de 63 anos entrou em remissão após transplante de medula óssea durante tratamento para leucemia. Especialistas buscaram um doador conforme a DW, que, além de compatível, fosse naturalmente resistente ao vírus causador da aids.Pesquisadores dos Estados Unidos divulgaram nesta quarta-feira (27) o quarto caso no mundo de um paciente considerado curado do HIV. Assim como nos três casos anteriores, o homem, na época com 63 anos, recebeu um transplante de medula óssea durante um tratamento para leucemia.

A revelação foi feita na Conferência Internacional de Aids, realizada em Montreal, no Canadá. Trata-se do paciente mais velho e o portador de HIV há mais tempo a ser curado.

Para o transplante, os médicos buscaram um doador que, além de compatível, fosse naturalmente resistente ao vírus causador da aids. O método funcionou pela primeira vez com Timothy Ray Brown, em 2007, conhecido como “paciente de Berlim”.

O homem está sendo chamado de paciente da Cidade da Esperança, em homenagem ao hospital onde foi tratado, em Duarte, na Califórnia – ele não quer ser identificado.

“Quando fui diagnosticado com HIV, em 1988, como muitos outros, pensei que era uma sentença de morte. Nunca pensei que viveria para ver o dia em que não tivesse mais HIV”, afirmou o paciente em comunicado.

Antes do transplante, ele fez terapia antirretroviral (ART) para controlar sua condição por mais de 30 anos. Após o transplante, ocorrido há três anos e meio, o paciente parou de tomar TAR em março de 2021. Agora, ele está em remissão do HIV e da leucemia há mais de 17 meses.

“Esperança contínua e inspiração”

Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional da aids, disse que o caso fornece “esperança contínua e inspiração” para pessoas com HIV e a comunidade científica em geral.

No entanto, o tratamento continua sendo uma opção bastante improvável para a maioria das pessoas com HIV, devido à complexidade do procedimento e à dependência de doadores compatíveis. Desta forma, o tratamento só é recomendado para quem precisa do procedimento devido a um quadro avançado de câncer.

Os cientistas acreditam que o processo teve êxito porque as células-tronco do indivíduo doador têm uma mutação genética específica e rara. Isso significa que elas não possuem os receptores usados ​​pelo HIV para infectar as células.

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