O helicóptero militar Black Hawk, envolvido em uma colisão aérea com um avião da American Airlines em Washington, D.C., na quarta-feira (29), pode ter alterado a rota de voo, que havia sido previamente aprovada antes do acidente.
A bordo da aeronave da American Airlines estavam 60 passageiros e quatro tripulantes, enquanto o helicóptero do exército transportava três militares.
Entenda o caso
- Um avião com 60 passageiros e quatro tripulantes caiu após colidir com helicóptero nessa quarta-feira (29/1).
- Em coletiva de imprensa, o chefe dos bombeiros de Washington afirmou que as equipes de resgate não acreditam que haja sobreviventes e que trabalham para recuperar os corpos das vítimas.
- Ambas as aeronaves foram localizadas no rio Potomac. O avião foi encontrado invertido, em três partes.
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, na quinta-feira (30/1), que, “infelizmente, não há sobreviventes”.
De acordo com um relatório preliminar da Administração Federal de Aviação, obtido pelo jornal The New York Times, o helicóptero Black Hawk pode ter voado a uma altitude excessiva e pelo menos 800 metros fora da rota aprovada pela torre de controle.
O piloto do helicóptero solicitou permissão para seguir uma rota próxima ao rio Potomac, onde as aeronaves acabaram colidindo, e que não ultrapassasse os 200 pés de altura. A chamada rota 4 teria desviado o Black Hawk do trajeto do avião.
No entanto, o helicóptero estava a mais de 300 pés de altura no momento da colisão com o avião da American Airlines e, aparentemente, não seguiu a rota aprovada.
Diálogo entre controladores e tripulações
Um áudio do controle de tráfego aéreo revela os momentos anteriores à colisão entre o jato da American Airlines e o helicóptero. As gravações mostram o desespero dos controladores da torre do aeroporto: “Bateu, bateu, bateu, isso é um alerta três”.
Segundo a agência de notícias britânica Reuters, o áudio do LiveAtc.net, plataforma que registra comunicações de voos, capturou os momentos finais de contato entre a tripulação do helicóptero, identificado pelo sinal de chamada PAT25, antes da colisão com o jato Bombardier CRJ700.
“PAT25, você tem um CRJ à vista? PAT25, passe atrás do CRJ”, informou um controlador de tráfego aéreo.