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Da esquerda para a direita: Rodrigo Garcia (PSDB), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) Fotos de arquivo
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sexta-feira 16 de setembro de 2022 às 12:55h

Haddad e Tarcísio priorizam gastos com TV, e Garcia privilegia campanha de rua; veja os números

NOTÍCIAS, POLÍTICA


As prestações parciais de contas dos principais candidatos ao governo de São Paulo expõem a diferença de estratégia de cada um dos postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. Enquanto Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) colocaram a maior parte de recursos nas empresas responsáveis pela produção do programa do horário eleitoral, o atual governador, Rodrigo Garcia, teve como seu principal fornecedor, até o momento, uma gráfica.

A campanha de Garcia destinou 24% de todos os seus gastos para a Formag’s Gráfica e Editora. Foram 31 aquisições de cards, adesivos e santinhos no valor total de R$ 5 milhões. A principal empresa responsável pela produção do programa do horário eleitoral, a SP22 Comunicação e Estratégia, recebeu R$ 2,5 milhões.

Já a campanha de Haddad colocou 66% dos recursos desembolsados até agora na Urissane Comunicação, a principal empresa responsável pela produção do programa eleitoral, que ficou com um total de R$ 11,5 milhões. O segundo principal fornecedor, até o momento, é a Midia Pull Editora e Comunicação, responsável por produzir pesquisas, com R$ 2 milhões, o equivalente a 12% das despesas contratadas pela candidatura. A campanha petista destinou apenas R$ 24,4 mil para materiais impressos.

Contratos

Tarcísio investiu mais do que Haddad em adesivos e panfletos (R$ 1,4 milhão), mas bem menos do que Garcia. O candidato bolsonarista tem como sua principal fornecedora a empresa responsável pelo programa de televisão, a Beacon Comunicação, que ficou com 64% de toda a quantia contratada pela campanha do Republicanos a governador até agora, o equivalente a R$ 9,5 milhões.

Além das diferenças nos gastos, chamam a atenção nas prestações de contas dos principais candidatos paulistas as contribuições incomuns de partidos aliados. Em geral, são as legendas dos próprios candidatos que bancam praticamente todas as campanhas do titular da chapa. Mas no caso de Rodrigo Garcia o União Brasil colocou mais dinheiro do que o PSDB até o momento, R$ 10 milhões contra R$ 8,7 milhões.

O atual governador de São Paulo se filiou ao PSDB em maio do ano passado depois de 27 anos no DEM, partido que juntamente com o PSL deu origem ao União Brasil. Questionamentos sobre uma volta ao União Brasil têm acompanhado Garcia durante a campanha. Em sabatina promovida pelo GLOBO, CBN e Valor, o governo classificou como “especulação” a possibilidade de mudar de partido, mas não garantiu que permanecerá no PSDB.

A campanha de Haddad recebeu a maior parte dos recursos arrecadados até agora da direção nacional do PT, que repassou R$ 19,5 milhões, 79% do total. O PSB, porém, partido de sua vice Lúcia França e do marido dela, Márcio França, candidato ao Senado na chapa, destinou R$ 5 milhões, o equivalente 20%. Os R$ 5 milhões transferidos ao petista são superiores, por exemplo, aos R$ 2,65 milhões repassados para o candidato do partido ao Senado no Rio, Alessandro Molon.

Tarcísio recebeu R$ 5 milhões, metade da sua receita, do Republicanos. O PSD, que indicou Felipe Ramuth como vice da chapa, contribuiu com R$ 990 mil, o equivalente a 9,6%. O candidato ainda conseguiu 41% dos seus recursos até agora com doações de pessoas físicas, no valor total de R$ 4,3 milhões.

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