Em setembro de 2018, enquanto Jair Bolsonaro tentava chegar ao Palácio do Planalto, um grupo de mulheres contrárias à eleição do então candidato cresceu exponencialmente em um curto período de tempo no Facebook. O movimento, um embrião do que segundo a coluna de Lauro Jardim viria a ser a campanha “#EleNão”, encontrou em seu caminho um hacker e acabou temporariamente invadido e transformado numa comunidade para eleitoras bolsonaristas.
O responsável pelo feito deixou uma assinatura, à época.
Quase três anos depois, o TSE ainda se debruça sobre uma ação movida pelo PSOL para que Bolsonaro seja cassado se for comprovada a hipótese de que se beneficiou do episódio, ilustrado em sua conta no Twitter, à época. Enquanto isso, o hacker, mesmo na mira do tribunal e da Polícia Civil da Bahia, segue na ativa através do mesmo perfil que utilizava no Facebook durante a eleição.
A principal atividade do “pirata digital”, hoje, é a compra e venda de informações sobre contas bancárias que circulam na chamada “Deep Web”. Publica parte dos dados na própria plataforma e os utiliza, ao que parece, para fazer compras em noems de terceiros. Até hoje, não foi banido pelo Facebook ou identificado por policiais. Segue impune, enquanto Jair continua presidente.