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domingo 4 de agosto de 2019 às 11:44h

Há 45 anos, a Volkswagen apresentava um novo veículo no Brasil, o Passat

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Em 1974, a Volkswagen apresentava no Brasil um dos seus modelos mais importantes da história, o Passat. O modelo foi o primeiro veículo da marca no mercado brasileiro equipado com tração dianteira e motor refrigerado a água.

O três volumes chegou ao país menos de um ano após seu lançamento na Alemanha, trazendo consigo inovações conceituais e tecnológicas inéditas para a época, além do elegante design, assinado pelo mago dos designs automotivos, o italiano Giorgetto Giugiaro.

O novo veículo, fabricado em São Bernardo do Campo, lançado em 1974 como modelo 1975, foi oferecido inicialmente em duas versões de acabamento: L e LS, ambas com duas portas. À época, essa configuração era a preferida dos brasileiros.

O clássico modelo foi desenhado pelo italiano Giorgetto Giugiaro.

Seu desenho combinava traços de sedã e cupê, com a traseira estilo fastback. Por dentro, o Passat esbanjava espaço para cinco passageiros, com grande porta-malas: 450 litros.

Entre as novidades tecnológicas, o Passat introduziu no país as juntas homocinéticas, a carroceria com zonas de deformação controlada em caso de colisão, o duplo circuito de freios em ‘X’, acionamento das válvulas por correia dentada, entre outras.

O motor da versão de lançamento tinha 1.471cm³ de cilindrada e gerava 78 cavalos e 11,5kgfm de torque. Associado ao câmbio de quatro marchas, ele levava o carro da imobilidade a 100 km/h em 15,3 segundos — tempo respeitável à época — e a uma velocidade máxima de 150km/h. Tudo isso com baixo consumo, cerca de 12km/l na estrada.

Reformulado

Versão de quatro portas também fez sucesso.

O Passat brasileiro ganharia sua versão quatro portas um ano após o lançamento. Mas o modelo mais desejado na época foi o TS. Com motor de 1,6 litro importado da Alemanha, carburador de corpo duplo e câmbio de 5 marchas. Em sua primeira versão o modelo era identificado pela dianteira com quatro faróis.

Contava também com conta-giros no painel (pouco difundido à época), mostradores auxiliares no console e volante de três raios. Em 1976, chegou também a versão três portas (hatchback), integrando o porta-malas à cabine. Uma versão cinco portas também foi fabricada no Brasil, mas apenas para exportação.

Na onda do Pró-Álcool 

Somente no Brasil, foram produzidas quase 1 milhão de unidades.

Em 1979, o Passat ganhou a opção do motor a etanol. Baseado no 1,5-litro a gasolina e com 65 cavalos, trazia como principal alteração a maior taxa de compressão (10,5:1), obtida por meio de um novo design dos pistões.

Paralelamente, várias medidas foram adotadas para evitar a corrosão causada pelo combustível derivado da cana de açúcar. Inicialmente, o Passat a etanol foi vendido com exclusividade para órgãos governamentais. As versões a etanol eram as mesmas da linha tradicional, a gasolina.

O Passat Iraque

Até para o Iraque ele foi exportado.

Um modelo que marcou época foi o TSE, mais conhecido como “Passat Iraque”, por ser especialmente configurado para exportação ao país do Oriente Médio. Os iraquianos compraram cerca de 170 mil unidades do carro entre 1973 e 1988 e, por muito tempo, o Passat brasileiro tornou-se parte da paisagem urbana do país.

Com quatro portas, motor de 1,6 litro e câmbio de quatro marchas, ele trazia bancos de veludo na cor vinho, radiador de cobre e ar-condicionado extra potente e acabou sendo oferecido também no mercado brasileiro, com boa aceitação.

Passando por várias mudanças de estilo e aperfeiçoamento constante, o Passat foi fabricado no Brasil até dezembro de 1988. No total, foram produzidos 897.829 carros, dos quais cerca de 221 mil para exportação.

Troca de registro

Na segunda geração, mudou de nome para Santana.

A segunda geração do Passat também foi fabricada no Brasil, mas, por razões estratégicas, teve o nome mudado para Santana, que também fez sucesso por aqui. Lançado no país em 1984, o Santana teve versões com duas e quatro portas, além de uma station wagon, a Quantum.

Contava com motores 1,8l a gasolina ou etanol e, opcionalmente, câmbio automático. O interessante é que, no início, conviveu com a primeira geração. E, além disso, ele virou um modelo próprio no Brasil, sendo fabricado até 2006.

Retorno do “original”

Como Passat, voltou para o Brasil em 1994, com direito a versão perua.

O Passat voltaria ao mercado brasileiro a partir de 1994, já na quarta geração, produzida na Alemanha, nas versões sedã e perua (Passat Variant). Desde então, tem ocupado o posto de sedã topo de linha da Volkswagen e portador de inovações tecnológicas de ponta.

O modelo atualmente oferecido no país corresponde à oitava geração e foi o introdutor do Active Info Display (painel configurável e digital). Ele traz também o ACC (controle de velocidade de cruzeiro adaptativo), alerta de tráfego cruzado à ré, sistema de infotainment Discover Pro com tela de 9,2”, entre outros itens.

Atualmente está na oitava geração.

O modelo dispõe de recursos avançados, como o motor 2.0 TSI de 220 cavalos, combinado ao câmbio DSG de seis marchas, faróis de LED e sistema de freios pós-colisão.

Mundialmente, o Passat superou 30 milhões de unidades produzidas desde seu lançamento, colocando-se junto ao Fusca e ao Golf como um dos três modelos de maior sucesso na história da Volkswagen.

 

Por Geison Guedes

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