O petista baiano tem buscado maior espaço na imprensa nacional com entrevistas a Folha, Estadão e Valor Econômico
O grupo do governador da Bahia, Rui Costa (PT) já admite, em conversas reservadas, trabalhar por uma candidatura presidencial do petista baiano para 2022.
A articulação, segundo o Bahia Notícias no entanto, tem sido discreta, pois a avaliação é que ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), permanece como postulante natural da legenda ao Palácio do Planalto no próximo pleito.
Rui Costa quer ser uma alternativa, caso o projeto de Haddad não vingue. A cúpula do governador entende que ex-prefeito tem vantagem por ser do maior estado do país (São Paulo) e ter um “patrimônio” de 47 milhões de votos obtidos na última eleição. Para tentar se viabilizar enquanto postulante ao Palácio do Planalto, o petista baiano tem buscado maior espaço na imprensa nacional.
Nos últimos meses, concedeu entrevistas para jornais do principal eixo econômico do país: Folha, Estadão e Valor Econômico. Além disso, a cúpula “sugeriu” uma entrevista para GloboNews ao jornalista Roberto D’Ávila, que foi exibida no início de junho.
No campo da esquerda, outro nome considerado viável para um projeto presidencial é o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), segundo a cúpula de Rui Costa. O comunista, no entanto, na avaliação de aliados do petista baiano, teria menos chance por ser de um estado menor do que a Bahia. Logo, tem menos capital eleitoral do que Rui Costa.
Dino também tem buscado mais espaço na imprensa nacional. Segundo a cúpula de Rui, é preciso ir com calma na articulação para conquistar mais visibilidade nacional, isto porque o pleito presidencial está distante e para não ficar muito exposto a ataques.
De olho em 2022, o chefe do Palácio de Ondina tem ainda liderado um projeto de fortalecimento da região Nordeste com a criação do consórcio do qual é presidente. Além disso, tem se posicionado como claro adversário do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e adotado discursos que “os eleitores querem ouvir”, como palavras duras contra a criminalidade. Rui chegou a sugerir que Haddad tivesse essa postura na campanha passada, mas o ex-prefeito paulista resistiu.