Integrantes da articulação política do governo Jair Bolsonaro reconhecem um cenário difícil no Senado para a aprovação da PEC dos Precatórios mesmo que a proposta seja aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados. A votação está marcada para a semana que vem.
Caso haja derrota da PEC, segundo a coluna de Gerson Camarotti, será colocado em prática o chamado “plano B”: o governo decretaria estado de calamidade para editar medida provisória prorrogando o auxílio emergencial.
Hoje, há um placar de 35 votos contrários no Senado, o que inviabilizaria a proposta. Para aprovação de uma PEC, são necessários 49 votos em dois turnos de um total de 81 senadores.
Mesmo com a prioridade de pauta já anunciada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seria necessário um trabalho de reversão de votos.
Isso ficou mais difícil com a posição anunciada pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo, de unidade da bancada tucana contra a PEC.
Na Câmara, os tucanos apoiaram a matéria de forma majoritária, o que causou grande desconforto na cúpula do partido que tem como bandeira a responsabilidade fiscal.