Provável candidato do PL à Presidência do Senado, o ex-ministro Rogério Marinho, que toma posse em fevereiro, deve concorrer à Presidência da casa contra o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No entanto, de acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, a candidatura não preocupa o governo Lula, que teria em Marinho um adversário.
A avaliação do Governo Federal é de que Marinho atingirá, no máximo, 30 votos na disputa, sem incomodar a vitória de Rodrigo Pacheco, que deve levar no primeiro turno. Para isso, o atual presidente do Senado precisa ter 41 votos entre seus colegas.
Os aliados do presidente Lula entendem a manutenção da candidatura de Marinho como uma forma de o PL conseguir assentos na Mesa do Senado.
O governo Lula e o PT irão apoiar a reeleição de Pacheco para garantir uma boa governabilidade em meio a um Senado que ganhou diversos representantes bolsonaristas na última eleição, como os ex-ministros Sergio Moro, Damares Alves e o vice-presidente de Bolsonaro, Hamilton Mourão.
A eleição da Mesa Diretora da Casa está marcada para 1° de fevereiro. Além de Pacheco, o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Podemos-CE) devem participar da disputa. Os dois últimos podem dividir votos de bolsonaristas.
Pacheco já tem o apoio do PSD (12 senadores), PT (9 senadores) e PDT (3 senadores). Conforme o G1, União Brasil (10 senadores), MDB (9), Cidadania (1), PSB (1) e Rede (1) também devem apoiar a reeleição do atual presidente.