O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentou nesta última segunda-feira (3) a possibilidade do cantor sertanejo Gusttavo Lima se candidatar a presidente em 2026. Padilha evitou minimizar a candidatura do artista e disse que ela é para ser levada a sério.
A fala foi feita pelo ministro ao chegar na sessão de abertura dos trabalhos do ano do Congresso Nacional. Ao comentar sobre o cantor, Padilha também falou que leva a sério a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro ser candidato, que está inelegível, mas busca reverter a situação e não tem admitido um plano para seu grupo em 2026.
– Eu levo a sério a candidatura de todo mundo. Qualquer um que queira ser candidato tem que se filiar a um partido, participar da política. Levo a sério qualquer candidatura, não faço chacota de qualquer candidatura. Até de candidato a presidente inelegível a gente leva a sério.
Padilha também afastou a possibilidade de o presidente Lula da Silva (PT) não ser candidato a reeleição.
– O presidente Lula vai chegar com muita saúde, muito apetite, muita força para 2026 para defender esse governo. Na minha opinião a melhor forma de defender esse governo é disputar a reeleição.
Pesquisa Quaest divulgada hoje mostra Lula em vantagem sobre todos os seus possíveis concorrentes. Entre os adversários do petista, Gusttavo Lima é um dos que mais pontuam pelos cenários testados pela pesquisa.
Em um dos cenários com maior número de candidatos, o presidente marca 30%. Em seguida, aparecem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 13%, o cantor Gusttavo Lima, que indicou intenção de disputar o Planalto e ainda não tem um partido, com 12%.
Os dados da pesquisa Genial/Quaest, que mostram uma queda na vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida pelo Palácio do Planalto foram classificados como preocupantes por aliados próximos do petista.
Chamou a atenção principalmente no entorno do presidente os números sobre a simulação de segundo entre Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em relação a dezembro, a vantagem do petista sobre o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro caiu de 26 para nove pontos. A pesquisa também mostra o atual presidente com uma rejeição de 49%.
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), porém, minimizou os números e acredita que os resultados apontados pela Quaest foram influenciados pela crise do Pix.
— O momento em que eles fizeram a pesquisa, evidentemente não é o mais recomendado. Depois de um episódio muito ruim, como foi o do Pix, há quem diga que a pesquisa puxa para baixo.
Jaques Wagner considera que a eleição está muito distante e o povo não está pensando ainda na disputa presidencial do próximo ano.
— Acho que está muito cedo para ficar prospectando.
Sobre o fato de o cantor Gusttavo Lima aparecer como melhor desempenho nas simulações de segundo turno contra Lula, o líder do governo afirmou:
— Isso corresponde a esse momento fora de esquadro que estamos vivendo no mundo todo
Indagado se acredita na candidatura de Gusttavo Lima, o senador afirmou que não é possível escolher o adversário.
— Eu escalo o meu time, não escalo o adversário. Acho que você tem que se preparado para enfrentar qualquer tipo de candidato, cantor seja o que for.