Governo Federal acatou o pedido formal de uma série de investidores e alterou para 20 de dezembro o leilão rodoviário das BRs-381 e 262, em Minas Gerais e Espírito Santo, que prevê cerca de R$ 7 bilhões em investimentos privados – a data inicial estava programada para o dia 25 de novembro. A informação foi publicada nesta quarta-feira (20), através de um comunicado relevante, no Diário Oficial da União.
Os investidores pediram mais tempo para estudar o projeto de concessão de mais de 670 quilômetros de pistas, que abrange uma das rodovias mais perigosas do país. A estimativa é de que a concessão gere cerca de 100 mil empregos (diretos, indiretos e efeito-renda), no decorrer dos 30 anos de contrato. Entre as principais obras estão 402 quilômetros de duplicação, 228 quilômetros de faixas adicionais, 131 quilômetros de vias marginais, 130 retornos, 125 correções de traçado, 40 passarelas, pelo menos dois Pontos de Parada e Descanso para profissionais do transporte rodoviário, além do contorno do município de Manhuaçu (MG), inclusive com a implantação de um túnel.
Modelo híbrido
Pelo edital, o critério do leilão será híbrido, com uma disputa por menor tarifa com deságio limitado a cerca de 15%, seguido de maior valor de outorga como critério de desempate. É o mesmo modelo da BR-153/080/414/GO/TO e que também será aplicado para a disputa da rodovia Dutra, no fim de outubro. Além disso, também estão programadas inovações como o desconto de usuário frequente, para motoristas que trafegam diariamente entre municípios vizinhos, e a redução de 5% para veículos que utilizam qualquer sistema automático de pagamento – motos ficarão isentas de pagamento.
Benefícios
A licitação beneficiará diretamente diferentes setores produtivos tanto de Minas Gerais como do Espírito Santo, como pecuária, agricultura, mineração e polos industriais e comerciais. Também atenderá o Vale do Aço, importante região composta por siderúrgicas, contribuindo com o setor automobilístico.