O presidente Lula da Silva (PT) avalia com a equipe de ministros, em reunião nesta segunda-feira (13), medidas para ajudar as famílias atingidas pela tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Entre as propostas na mesa, estão:
uma ajuda financeira de R$ 5 mil (parcela única) para cerca de 100 mil famílias – ou seja, a um custo de R$ 500 milhões;
e a inclusão no Bolsa Família de quem foi desabrigado e perdeu renda temporariamente.
O pacote deve ser debatido nesta terça (14) por Lula em uma nova reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
O anúncio deve ficar para quarta (15), quando Lula volta ao estado – atingido, desde o fim de abril, pelas piores chuvas da história da região.
A ajuda financeira teria o objetivo de garantir recursos para que as famílias possam recuperar suas casas e adquirirem bens básicos como fogão, geladeira, sofá e camas.
No caso do Bolsa Família, o Ministério do Desenvolvimento Social já está avaliando quais famílias passaram para a situação de vulnerabilidade por causa das enchentes no Rio Grande do Sul.
A análise passa pelos critérios de atendimento das famílias às regras do programa, que garante renda mínima mensal de R$ 600 aos beneficiários.
Linhas de crédito não bastam, avaliou Lula
Inicialmente, o governo avaliou abrir linhas de crédito para que as famílias tivessem acesso a recursos para recomeçar suas vidas.
O presidente Lula avaliou, porém, que essas pessoas, em situação de total desalento, não têm condições de ficar assumindo dívidas e obedecer a toda burocracia bancária para obter os recursos.
Entre as famílias desabrigadas, há um grupo que não terá condição de retornar para suas antigas residências. Neste caso, os governos federal e estadual vão planejar a reconstrução de bairros para alocá-las.