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quinta-feira 12 de setembro de 2024 às 07:13h

Governo e oposição mudam 38 nomes da CCJ para embate de projeto de anistia

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Plenário da CCJ da Câmara na quarta-feira: 38 mudanças na composição da comissão para embate sobre projeto da anistia

Partidos do governo do presidente Lula da Silva (PT) e da oposição fizeram 38 mudanças na composição da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em um intervalo de 48 horas visando ao embate sobre o projeto de lei que concede anistia a todos os participantes nos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

No fim das contas, os defensores da anistia perceberam que não teriam votos suficientes para aprová-la e, na quarta-feira, a presidente do colegiado, Caroline de Toni (PL-SC), retirou a proposta de pauta. O texto só voltará a ser discutido depois do primeiro turno das eleições municipais, em outubro.

O entra e sai de deputados da composição da CCJ evidenciou a correlação entre as substituições que líderes de bancadas fizeram, a depender da presença de deputados em Brasília e de sua posição contra ou a favor do projeto da anistia, e a disputa, nos bastidores, pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara.

O líder do PP na Casa, Dr. Luizinho tirou da CCJ os deputados Aguinaldo Ribeiro, Átila Lira, Fausto Pinato e Neto Carletto e incluiu como membros, titulares ou suplentes, Allan Garcês, Amanda Gentil, Delegado Fabio Costa, Evair Vieira de Mello, Missionária Michele Collins e Pedro Lupion, apoiadores da proposta dos bolsonaristas.

Tudo foi feito em sintonia com o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e maior fiador da candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) – que buscava consolidar o apoio do PL por meio da movimentação a favor da aprovação da anistia.

Pelo partido de Jair Bolsonaro, entraram na comissão os deputados Gilvan da Federal, Nikolas Ferreira, Pedro Jr, Rodolfo Nogueira e Sanderson.

Do outro lado, como publicou a coluna Radar, o ministro do Turismo, Celso Sabino, foi à Câmara na terça-feira (10) para, inicialmente, demover deputados do seu partido, o União Brasil, de marcar presença na reunião da CCJ. Quando houve quórum para abrir a reunião, o ministro se esforçou para garantir que os correligionários seguissem a orientação do governo Lula contra o projeto da anistia.

Sabino apoia a candidatura de Elmar Nascimento a presidente da Câmara. Atualmente, o líder do União Brasil mantém uma aliança com o líder do PSD, Antonio Brito, para fazer frente à campanha de Hugo Motta.

Ainda para barrar a aprovação do projeto, a bancada governista promoveu a entrada na comissão de deputados como Ailton Faleiro (PT-PA), Bohn Gass (PT-RS) e Carol Dartora (PT-PR), além de convocar aqueles que já são membros a comparecer à CCJ para falar contra a proposta e, se tivesse sido preciso, rejeitá-la na votação.

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