As forças de resgate continuam enfrentando condições adversas que impedem sua entrada na mina no norte do México, onde dez trabalhadores estão presos há oito dias, informaram as autoridades nesta quinta-feira (11).
“Eles descobriram que não têm espaço para avançar, há obstruções, há madeira”, disse o secretário de Defesa, Luis Cresensio Sandoval, após as quatro descidas ocorridas na quarta-feira em um dos poços por onde tentam acessar o poço inundado.
No entanto, “as atividades vão continuar, os mergulhadores vão continuar as tentativas” de acesso, acrescentou o general na conferência matinal do presidente Andrés Manuel López Obrador.
Centenas de soldados e outros socorristas participam da operação de resgate na mina de carvão El Pinabete, na cidade de Agujita, estado de Coahuila, onde na quarta-feira (3) uma enchente deixou 10 mineradores presos.
Um soldado e um minerador voluntário mergulharam brevemente na tarde de quarta-feira, tentando determinar se havia condições para que mergulhadores militares entrassem no buraco estreito.
Mas “mesmo com as luzes que carregam para poder observar o interior (estabeleceram que) não têm a visibilidade necessária para identificar o que se encontra”, insistiu Sandoval.
No entanto, destacou que o nível de água nos três poços por onde se pretende retirar os trabalhadores continua diminuindo graças à extração que se faz com bombas motorizadas.
Uma das dolinas já está a 4,9 metros, dos 30 metros de água que havia no dia seguinte ao acidente, embora o nível considerado ideal para o resgate seja de 1,5 metro.
“Esperamos que hoje, no poço 2, consigamos atingir níveis onde os socorristas possam entrar”, disse a coordenadora nacional da Proteção Civil, Laura Velázquez, na conferência presidencial.
“Estaremos avaliando ao longo do dia. Temos que ter cuidado para não expor ninguém”, acrescentou.
O incidente ocorreu quando uma equipe que trabalhava na extração de carvão abriu um buraco em uma mina adjacente que foi inundada, fazendo com que a água transbordasse em direção ao local onde estavam manobrando, segundo o governo.