O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (16) que o evento principal do apagão de ontem se deu numa linha próxima a Fortaleza, operacionalizada pela Chesf, subsidiária da Eletrobras.
– Isso já está inclusive documentado pela Eletrobras. Foi uma série de eventos que vão ser agora detalhados pela ONS – afirmou.
A Chesf já corrigiu a falha na linha de transmissão, segundo o ministro, que esteve reunido por mais de cinco horas com técnicos e representantes do setor elétrico na sede do Ministério em Brasília. Silveira disse que o evento foi considerado, a princípio, de pequena magnitude. E que não seria capaz, sozinho, de causar o apagão:
– Mais do que nunca acho que é extremamente necessária a participação da Polícia Federal.
Ele afirmou que a Chesf admitiu que houve uma falha no sistema.
– Essa falha em si não seria capaz de causar um evento de tal magnitude. Portanto, todas as possibilidades estão sendo avaliadas. A penalização depende das apurações. Isso depende dos desdobramentos – disse o ministro.
Falha entre linhas de Quixadá e Fortaleza
Luiz Ciocchi, diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico, disse que a própria Chesf chegou à conclusão de que houve uma falha numa linha entre Quixadá e Fortaleza. Esse tipo de evento não é incomum, disse.
– Isso ocasionou uma onda muito grande. Foram N eventos que aconteceram e foram se propagando. Forma várias linhas na região. Em 600 milissegundos houve a desconexão das linhas que ligam Nordeste, Norte e Sudeste.
Ciocchi disse que foi descartada a hipótese de um segundo evento na região Norte. Ele afirmou que não é possível fazer associação entre a quantidade de energia eólica no Nordeste e o apagão.
– Energia eólica não é problema, é solução.