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Governador do Acre, Gladson Cameli (PP) revelou como se deu seu contato com o chá alucinógeno Santo Daime em visita a aldeias da Amazônia. Em entrevista à revista Veja, ele descreveu a experiência como uma “energia muito positiva. O mandatário contou que já tomou o ayahuasca — bebida produzida com ervas da região — “umas quatro, cinco vezes” e disse nunca ter enfrentado preconceito por ter participado dos rituais.
— Para eu poder falar qualquer coisa, tenho que presenciar, tenho que viver. Como governador, tenho andado por quase todas as aldeias. Além de dormir, participo de todos os rituais. Já experimentei ayahuasca, rapé, veneno do sapo. Tem uma frase que eu sempre digo: entre o céu e a Terra tem muitas coisas que a ciência ainda não descobriu — afirmou à publicação.
O governador acrescentou que cada experiência nos rituais é única, e que o resultado depende de como está a vida no momento. Ele classificou a procura pelo chá como “muito grande” e pontuou que, como homem público (pelo cargo que ocupa), precisa do respeito tanto de quem o aprova quanto dos que não.
Questionado se seu governo tem dado suporte às comunidades religiosas, Cameli afirmou que o Estado oferece apoio, com a ajuda da iniciativa privada.
O governador destacou também o calendário estadual de festivais indígenas criado em sua gestão. Entre os famosos que, segundo ele, já participaram da festa estão Alok, Marcos Palmeira e Fábio Assunção.
— É um tipo de turismo que tem recebido muitas visitas. É um visitante que chega aqui com um propósito diferente. A pessoa que procura essa experiência na floresta quer viver a realidade das aldeias — afirmou.
