O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que o comandante e demais policiais militares envolvidos na agressão à vereadora do Recife Liana Cirne (PT) foram afastados das funções e serão investigados. Ela foi atingida por spray de pimenta durante a repressão a um protesto contra o governo de Jair Bolsonaro, no Centro da cidade, neste sábado (29). As informações são do G1.
A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), afirmou que a dispersão do protesto, que ocorria de forma pacífica, não foi autorizada pelo governo do estado. Paulo Câmara, no entanto, se referiu especificamente à agressão contra a vereadora, que foi socorrida depois da ação dos policiais.
A agressão ocorreu no início da tarde de ontem (29), na Ponte Santa Isabel, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. Os policiais também atiraram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os participantes do ato. Às 16h, Paulo Câmara divulgou um vídeo à imprensa, falando sobre o caso.
“O oficial comandante da operação, além dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne, permanecerão afastados de suas funções enquanto durar a investigação. Sempre vamos defender o amplo diálogo, o entendimento e o fortalecimento de nossas instituições dentro da melhor tradição democrática de Pernambuco”, afirmou o governador.
O governador, no pronunciamento, não deixa claro se o afastamento atinge também todos os policiais que atiraram contra os manifestantes de forma arbitrária. O G1 questionou o governo sobre quem são os afastados, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.