O jornalista Glenn Greenwald disparou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, nas redes sociais. Em sua conta do Twitter, ele escreveu conforme Edda Ribeiro, da IstoÉ: “Existe agora, ou já existiu, uma democracia moderna onde um único juiz exerce o poder que Alexandre de Moraes possui no Brasil? Não consigo pensar em nenhum exemplo sequer próximo”.
Veja aqui o post:
Existe agora, ou já existiu, uma democracia moderna onde um único juiz exerce o poder que Alexandre de Moraes possui no Brasil? Não consigo pensar em nenhum exemplo sequer próximo.https://t.co/7z3JPFTdB0
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) January 10, 2023
A fala do norte-americano teve reações na web, já que Moraes ganhou, desde as Eleições, maior notoriedade e gosto do público de esquerda por conta das decisões frente a política brasileira. O ‘Xandão’, como é chamado no Twitter, assumiu o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, foi relator de inquéritos contra Jair Bolsonaro (PL), decretou a prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (União Brasil), entre outras medidas.
Uma das reações na rede social foi do jornalista Chico Pinheiro. “Qual é a tua, Glenn? Há alguma informação relevante a dar? O País ameaçado, à beira de um golpe, o Judiciário em recesso e vc vem criticar quem luta contra o terrorismo bolsonarista? O que se passa com você?”, respondeu o comunicador.
Em resposta, Glenn reagiu e chamou a pergunta de acusação, comparando o questionamento com tática “autoritária e desonesta”.
É incrível ler esta acusação.
Essa tática é a mesma usada pelo governo Bush após o ataque de 11 de setembro para silenciar críticos:
Nosso país foi atacado! Qualquer um que questione os poderes que invocamos está do lado dos terroristas!
É uma tática autoritária e desonesta. https://t.co/E0abNZqB9z
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) January 11, 2023
Esta semana, Moraes agiu diante dos ataques golpistas nos prédios dos Três Poderes, em Brasília (DF). Ele determinou a prisão de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro que ocupava a cadeira da segurança pública no Distrito Federal, além de afastar o governador Ibaneis Rocha do cargo.