Lideranças do PT avaliam, nos bastidores, que os “movimentos” do presidente do PSD, Gilberto Kassab, indicam que ele estaria tentando se cacifar para ser candidato a vice-presidente da República em 2022, caso a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao Palácio do Planalto não decole.
Para petistas, conforme a coluna de Igor Gadelha, um desses movimentos seria a articulação de candidaturas competitivas do PSD a governador e a senador nos estados. Esses candidatos ofereceriam palanques para a eventual chapa da qual Kassab participaria, a qual, para integrantes do PT, poderia ser a do ex-presidente Lula.
Lideranças petistas ressaltam o movimento de Kassab principalmente no Sudeste, região mais populosa do Brasil. Lá, o presidente do PSD articula candidaturas a governador em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três estados com maior população do país.
Desde o início de 2021, Kassab tem se reunido com lideranças do PT para conversar sobre as eleições do próximo ano. Em maio, ele esteve com o ex-presidente Lula em Brasília. No mês seguinte, o dirigente do PSD almoçou com o ex-ministro José Dirceu em São Paulo.
Presidente do PSD nega
Kassab, por sua vez, nega qualquer articulação para ser vice. A aliados e interlocutores o dirigente tem repetido que Pacheco é o “plano A, B e C” do PSD para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2022. O presidente do Senado está no DEM, mas promete se filiar à sigla presidida por Kassab.