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terça-feira 27 de julho de 2021 às 16:20h

Gilberto Kassab diz que Ciro Nogueira na Casa Civil blinda Bolsonaro de impeachment

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A entrada de Ciro Nogueira (PP-PI) no governo federal no cargo de ministro-chefe da Casa Civil, confirmada nesta terça-feira (27) pelo próprio senador, deve “blindar” o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de encarar um processo de impeachment no futuro, disse o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab (foto ilustração), em entrevista à CNN.

Para Kassab, a estratégia do presidente em promover mais uma reforma ministerial consolida o Centrão, em especial os partidos PP, PL e Republicanos, como a “coluna vertebral” do governo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. No entanto, as trocas não devem mudar o modus operandi geral do governo, opina Kassab.

“O presidente tem como núcleo duro parlamentares desses três partidos”, afirmou. “A consequência imediata é a consolidadação da base no Congresso, dificultando ainda mais um impeachment, que não tem fato concreto. Existe também essa intenção do presidente, de se respaldar e se blindar de um eventual pedido de impeachment.”

Além da entrada de Ciro Nogueira, as mudanças atingem o general Luiz Eduardo Ramos, que sai da Casa Civil para a Secretaria-Geral da Presidência, e o deputado Onyx Lorenzoni, que deixa a Secretaria para assumir um novo ministério do Emprego e Previdência – ainda a ser recriado.

Para Kassab, a situação também deixa explícito que Lorenzoni sempre é “preservado” por Bolsonaro. “Qualquer mudança que envolvesse sua substituição, Bolsonaro logo arruma algo para que ele possa continuar no governo. [Onyx] não tem uma interlocução boa no Parlamento, mas Bolsonaro parece ter uma gratidão com sua postura na campanha de 2018”, analisou.

Eleições 2022

O presidente do PSD também afirmou esperar que o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), acerte sua filiação com o PSD para se lançar candidato à Presidência da República nas eleições de 2022. “Vamos ter candidatura própria, não trabalhamos com outro nome. O único que temos é Rodrigo Pacheco”, disse.

“Nós não estaríamos no mesmo espectro ideológico [que Jair Bolsonaro]. Pacheco representará, imagino, um candidato de centro. A candidatura do Bolsonaro é conservadora, bem identificada com a direita, sobrando espaço grande para candidatura do Rodrigo Pacheco, que avança na centro-direita e tem boa relação na centro-esquerda.”

Procurado, o senador Rodrigo Pacheco afirmou que não é hora de pensar em 2022 e que no momento seu foco é a Presidência do Senado, combate à pandemia e a retomada econômica do país.

Questionado sobre uma possível coalizão com outros partidos ou um eventual apoio à provável candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab afirmou que o partido, no momento, não trabalha com outras possibilidades.

“Quando se admite um plano B, não se tem um plano A”, afirmou. “Estamos preparando um bom candidato para ocupar o centro e acabar com a história de que ‘quem perde as eleições torce para que o Brasil acabe’. À oposição, não cabe destruir o Brasil, e sim fiscalizar; e à situação, governar abrindo os braços para todos”, disse.

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