Os tremores de terra sentidos na noite da última quarta-feira (19) em Cachoeira, no Recôncavo baiano, não devem preocupar a população. O incidente foi percebido por volta das 18h30 e assustou. No entanto, para o geólogo e professor da Universidade de Feira de Santana (Uefs) José Carlos Uchôa, abalos como os relatados nesta quarta não vão além de deterioração de pequeno potencial, como rachaduras em paredes.
“São tremores que não vão causar nenhum dano significativo. Claro que assusta, mas a população. De súbito elas não entendem o que está acontecendo, mas depois tudo volta ao normal”, disse em entrevista. Sobre a especulação de que barragens da região, como a da Pedra do Cavalo, poderiam ocasionar o incidente, o docente descartou a suspeita.
“A barragem só poderá provocar algum tremor quando ela está sendo construída por conta das explosões, e no momento em que ela está sendo preenchida”, explicou. Uchôa também respondeu à questão da ocorrência de novos tremores, os chamados tremores secundários, após o sentido nesta quarta. Ele disse que pode ocorrer, mas com intensidade menor. “Depois de um tremor sentido, outros tremores chamado de secundários, normalmente são menores que o principal. A população pode ficar tranquila que tudo vai voltar ao normal”, declarou.