O general da reserva Mauro Laurena Cid submergiu por completo segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, após seu filho firmar um acordo de delação com a Polícia Federal.
Desde que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, teve sua delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e saiu da prisão, o militar cortou o canal de comunicação com interlocutores do ex-presidente e parte dos militares com quem conversava regularmente.
Lourena Cid trocou o número de seu celular há poucas semanas e não passou o contato nem para amigos próximos da reserva do Exército ou que integraram o governo Bolsonaro. A mãe de Cid também mudou seu número.
O último contato que o general teve com ex-membros da ala militar do governo Bolsonaro foi em setembro, após a notícia da delação do filho vir à tona. Lourena Cid garantiu a alguns ex-ministros que eles não teriam sido deletados pelo filho.
O general já havia adotado uma postura mais reclusa, após ser alvo de buscas da PF, em agosto. Antes disso, o general era o principal articulador da defesa do filho. Foi ele quem contratou advogados que atuaram na causa, pegou empréstimo para pagá-los e buscou nomes, inclusive ligados às Forças Armadas, para mandar recados ao ministro Alexandre de Moraes.