O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (BC). Ele é o atual diretor de política monetária da autoridade monetária desde julho do ano passado. Antes, era secretário-executivo o Ministério da Fazenda.
“Hoje, o presidente [Lula] está encaminhando o indicado dele para a presidência do BC, que vem a ser o Gabriel Galípolo”, disse Haddad em comunicado agora no Palácio do Planalto. “Agora vamos trabalhar os três nomes que irão compor a diretoria até o fim do ano”, completou. As informações são de Jéssica Sant’Anna e Renan Truffi, do jornal Valor.
“É uma honra, um prazer, uma responsabilidade imensa”, disse Galípolo, ao lado de Haddad, durante o anúncio. “Estou muito contente e não vou responder perguntas em respeito ao processo.”
A indicação era amplamente esperada pelo mercado, já que Galípolo é um nome de confiança do ministro Haddad e ganhou também o apreço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos meses.
O nome indicado precisará ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal e aprovado em plenário pelos senadores. O mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, acaba em 31 de dezembro deste ano.
Sobre esse assunto, Haddad falou que a sabatina é uma atribuição do Senado e que cabe a eles marcar e decidir sobre a indicação. “Mas quero crer que Pacheco e Lula estão sintonizados. Saindo daqui vou voltar a ligar para o Pacheco para falarmos sobre isso.”
Com a ida de Galípolo para o comando do BC, a vaga de diretor de Política Monetária ficará vaga, assim como a de Regulação e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, já que os mandatos de Otávio Damaso e Carolina de Assis, respectivamente, acabam em dezembro deste ano. Os nomes dos novos diretores não foram anunciados pelo ministro.
Haddad e Galípolo não responderam perguntas, apenas fizeram o comunicado.