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quarta-feira 28 de fevereiro de 2024 às 10:43h

G20: Haddad diz que pobreza e desigualdade precisam ser enfrentados globalmente

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na abertura da reunião dos ministros das Finanças do G20, que começou nesta quarta-feira em São Paulo, que a pobreza e a desigualdade precisam ser enfrentados como problemas globais e que os países ricos não podem dar as costas ao mundo e focar apenas em soluções nacionais. Haddad fez a abertura de forma remota por ter sido diagnosticado com Covid.

— Precisamos entender as mudanças climáticas e as pobrezas como desafios globais a serem enfrentados. É hora de redefinirmos a globalização. Os temas que a presidência brasileira propôs para essa primeira reunião emergem do objetivo de construir uma nova globalização, centrada na cooperação internacional — afirmou Haddad.

O objetivo do país é promover três temas centrais: combate à fome, luta contra a pobreza e desigualdade e desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. O Brasil também quer um alívio no peso da dívida das nações menos desenvolvidas e o aumento da influência dos países emergentes em organizações como o FMI e o Banco Mundial.

O Brasil ocupa, pela primeira vez, a presidência rotativa do grupo das principais economias do planeta e mais a União Europeia e a União Africana. O G20 criado em 1999 após a crise financeira asiática.

Haddad afirmou que há consciência que a conjuntura econômica global é desafiadora e que discursos sobre globalização se alternam entre o otimismo desenfreado e a sua negação. Mas lembrou que o mundo chegou a uma situação em que o 1% mais rico detém 41% da riqueza do mundo e são responsáveis por dois terços das emissões de carbono no planeta.

— Não há ganhadores na atual crise da globolização, embora os paises mais pobres paguem preços mais altos. Nossa proposta é centrar a desigualdade como variável fundamental para analisar a conjuntura econômica. — disse o ministro.

Também estão na agenda de discussões temas como inflação, mudança climática e os conflitos entre Ucrânia e Rússia, além do conflito no Oriente Médio. A tributação interncional é otro assunto da pauta num momento em que alguns países querem taxar grandes empresas e os mais ricos. Participam do encontro os presidentes Bancos Centrais do G20, além da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

Entre as ausências, segundo os organizadores, estão os ministros das Finanças da China, Índia, Rússia e Reino Unido. O G20 representa mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 75% do comércio mundial e dois terços da população global.

O encontro de ministros das Finanças do G20 foi precedido por uma reunião de nível vice-ministerial, na segunda e terça-feira, descrita por autoridades brasileiras como uma “preparação de terreno” para a cúpula envolvendo o primeiro escalão das pastas de economia.

De acordo com a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, que coordena a Trilha das Finanças do G20, o encontro com os deputies foi concluído na tarde de ontem com o encaminhamento da parte econômica do comunicado final da reunião, que será apreciado pelos ministros e presidentes dos BCs nos próximos dias. Em um briefing anterior à imprensa, Rosito já havia antecipado que o texto final será mais curto do que o de encontros anteriores.

— As prioridades brasileiras seguem sendo não só bem recebidas, mas agora caminhando alguns graus para implementação — disse Rosito em conversa com a imprensa.

Na sessão de abertura da reunião de ministros desta quarta, o painel será destinado para desigualdades de renda e suas implicações para políticas macroeconômicas.

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