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quinta-feira 20 de abril de 2023 às 06:21h

G. Dias disse a Lula que câmera do circuito interno de TV estava quebrada

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 O general Gonçalves Dias disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva segundo Vera Rosa, do Estadão, que a câmera do circuito interno posicionada para o corredor de acesso ao gabinete presidencial, no Palácio do Planalto, estava quebrada e por esse motivo não havia imagens daquele local durante a depredação do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. A explicação foi dada por G. Dias, à época ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ao ser questionado por Lula sobre as gravações no mesmo dia dos atos golpistas.

O presidente pediu as imagens daquela câmera específica, mas não conseguiu, segundo relatos de ministros do Planalto ao Estadão. Dias depois, o chefe de gabinete de Lula, Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola, também solicitou o vídeo e obteve a mesma resposta do general.

O governo foi surpreendido com a divulgação das imagens, nesta quarta-feira (19) pela CNN Brasil. Logo após os ataques, o GSI chegou a divulgar alguns vídeos do circuito interno do Planalto que mostravam a destruição de móveis, janelas e obras de arte por vândalos. Mas, diante de inúmeros pedidos para que fosse tornado público todo o material, decretou sigilo de cinco anos sobre as gravações.

A portas fechadas, Lula avaliou que G. Dias caiu numa armadilha e foi enganado por sua própria equipe, que no início do ano era composta, em sua maioria, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), general Gonçalves Dias circulando no corredor de acesso ao gabinete presidencial
Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), general Gonçalves Dias circulando no corredor de acesso ao gabinete presidencial  Foto: Reprodução/CNN

Não há no Planalto desconfiança em relação à lealdade do general, que foi chefe da segurança de Lula em seus dois mandatos, de 2003 a 2010. Mas a avaliação é a de que G. Dias, mesmo após a troca dos subordinados, não demonstrava ter controle sobre os militares que com ele trabalhavam. Como mostrou o Estadão, as funções do GSI sob G.Dias foram pouco a pouco esvaziadas, tanto que até mesmo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) saiu de sua alçada e passou para a Casa Civil, comandada por Rui Costa.

Para Lula, o aparecimento das imagens deu combustível para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Com esse revés, o governo foi obrigado a mudar de estratégia e apoiar a abertura da comissão, ficando agora nas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, para fazer maioria no colegiado. É certo, porém, que a oposição vai usar essa CPMI para puxar outras, como a das invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

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