O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, anunciou nesta quarta-feira (29) que arrecadou 2,5 trilhões de coroas (222 bilhões de dólares, 1,3 trilhão de reais) no ano passado, o maior rendimento bruto de sua história, estimulado em grande medida pelos valores tecnológicos.
A rentabilidade foi de 13%, o que contribuiu para aumentar seu valor a 19,7 trilhões coroas (1,75 trilhão de dólares, 10 trilhões de reais) no final do ano.
O aumento foi motivado principalmente pelos investimentos em renda variável, que representaram 71,4% de sua carteira e renderam 18% ao longo do ano.
“O fundo obteve ótimos rendimentos em 2024, graças a um mercado de ações muito dinâmico”, afirmou o diretor do fundo soberano, Nicolai Tangen, em um comunicado.
“As ações das empresas de tecnologia americanas, em particular, tiveram ótimos desempenhos”, acrescentou.
Embora o fundo tenha participações em quase 9.000 empresas no mundo todo, somente suas participações nos “Sete Magníficos” representam 17% de seus investimentos no mercado de ações.
Os sete grupos gigantes de tecnologia — Apple, Amazon, Alphabet (matriz do Google), Meta (Facebook, Instagram), Microsoft, Nvidia e Tesla — tiveram um ótimo ano na Bolsa.
Na segunda-feira, a maioria das empresas citadas, principalmente a Nvidia, sofreu um duro revés com o avanço da startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek, que se apresento como sendo tão ou mais eficiente que as já existentes e mais barata. Na terça-feira, no entanto, os grupos começaram uma recuperação na Bolsa.
O fundo, alimentado pelas receitas do petróleo do país, tem como objetivo aumentar a riqueza nacional para financiar os gastos do Estado de bem-estar social quando os reservas de hidrocarbonetos se esgotarem.
Foi criado formalmente em 1990 e seu valor superou 10 trilhões de coroas em 2019.