O presidente da Evergrande, gigante do setor imobiliário da China, afirmou aos funcionários da empresa confiar que o grupo sairá “em breve de seu momento mais obscuro”, informou a imprensa estatal nesta terça-feira (21), após um dia de temores nas Bolsas de todo o mundo.
A incorporadora imobiliária enfrenta a revolta de compradores e investidores, que temem perder dinheiro com a possível falência da Evergrande, que tem dívidas superiores a 300 bilhões de dólares.
Xu Jiayin, fundador da empresa em 1996, afirmou em uma carta aos funcionários que “acredita firmemente que a Evergrande poderá sair em breve de seu momento mais obscuro”, informou o jornal estatal Securities Times.
O empresário escreveu ainda que a empresa retomará por completo seu trabalho e produção, garantirá a entrega dos imóveis e “apresentará uma resposta responsável aos compradores de casas, investidores, sócios e instituições financeiras”.
A carta felicita os funcionários pelo Festival do Meio do Outono, uma tradição importante na China, celebrada com dois dias livre.
O texto foi divulgado após um dia de pânico nas Bolsas asiáticas e ocidentais, com o temor de que uma falência da gigante imobiliária afete a economia chinesa e o resto do mundo.
A crise da Evergrande provocou protestos incomuns diante dos prédios da empresa na China, organizados por investidores e fornecedores que exigiam seu dinheiro. Algumas pessoas afirmaram que devem receber até um milhão de dólares da empresa.
O grupo admitiu na semana passada que está sob “tremenda pressão” e que pode não ter capacidade de pagar suas obrigações.