A infraestrutura logística é o diferencial para o desenvolvimento socioeconômico da Bahia. Mesmo sendo o terceiro maior produtor mineral do país, e com uma extensa produção agropecuária, o estado sofre com a falta de eficiência da sua infraestrutura logística. E, para debater este assunto, nesta quarta-feira (8), a partir das 9h, a A Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), representada pelo Conselho de Infraestrutura (COINFRA), e a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) convidam para a apresentação do estudo do Plano Estratégico Ferroviário da Bahia, realizado pela Fundação Dom Cabral (FDC). O evento será realizado no SENAI CIMATEC, em Piatã.
A apresentação será realizada pelo diretor da FDC, Paulo Resende, e pelos pesquisadores Bernardo Figueiredo e Ramon Victor César. A FDC sugere diversas e importantes alterações na malha ferroviária baiana, como a implantação do conceito de carga geral, criação de alguns ramais e a unificação da bitola, que atualmente é de um metro, para o padrão nacional que é de 1,60 metros. O estudo demonstrará como a Bahia poderá acabar com o seu isolamento logístico ao investir nesse modal, trazendo crescimento para o Estado.
“A falta de trens é uma realidade e há bastante tempo estamos defendendo a importância desse modal para o crescimento do nosso estado e para a maior competitividade dos nossos produtos, principalmente ao integrar a ferrovia aos portos. A Bahia possui 10 portos e TUPs (Terminais de Uso Privado) que poderiam ser melhor aproveitados se houvesse interligação com os trens para o escoamento da produção, enfatiza Tramm que também ressalta que esse diagnóstico especializado irá respaldar a luta pelo trem da Bahia.
Contratado pela CBPM, o estudo teve início em junho de 2022. A Fundação Dom Cabral é uma instituição com experiência de mais de 40 anos, já desenvolveu o Plano Estratégico de Ferrovias para o estado de Minas Gerais, e também realizou Estudos Logísticos Ferroviários para a Federação das Indústrias do Espírito Santo.