O governo federal gasta mais de R$ 700 milhões ao ano para reembolsar empresas estatais que cederam funcionários ao Executivo.
Hoje há quase 6.000 empregados das estatais não dependentes que atuam em ministérios, Planalto e outros órgãos federais, segundo levantamento do Ministério do Planejamento feito a pedido da Folha.
O governo tem que fazer reembolsos às estatais que são classificadas como não dependentes do Tesouro com os valores referentes a salário, gratificações, adicionais de tempo de serviço e contribuição para o FGTS, entre outros.
A existência de 300 carreiras no Executivo é apontada pelo governo como um fator que engessa a gestão de pessoas, porque dificulta o processo de alocar os funcionários para áreas com maior demanda.
Nesse cenário e com a diminuição dos concursos devido a restrições orçamentárias, integrantes do governo reconhecem que deslocar empregados de estatais é, muitas vezes, mais simples. Nessas empresas, as carreiras costumam ser mais genéricas que as do governo federal.
O mecanismo é usado em situações específicas. Esses quase 6.000 empregados representam apenas 1% do total de 633 mil servidores civis ativos no Executivo.
Por David Santos / Folha online.