Uma foto da reunião que sacramentou a indicação de Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa de pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência vem sendo criticada por setores da esquerda nas redes sociais. Na imagem, Lula aparece ao lado de uma maioria de homens brancos, com apenas duas mulheres e nenhum negro. PT e PSB foram cobrados pela falta de representatividade nas direções partidárias.
Segundo a coluna Sonar, no O Globo, a vereadora pelo PT no Rio de Janeiro, Tainá de Paula publicou em seu Twitter que a foto “expõe o racismo e a misoginia partidária”. A parlamentar apontou que o problema da falta de representatividade atravessa toda a sociedade e atinge também partidos de esquerda, mesmo estes tendo políticas voltadas para o combate a essas desigualdades.
“Os partidos não são estéreis ao racismo e à misoginia social e estas questões nos atravessam e nos divide. (…) Há de se criar antídotos políticos ao drama racial que vivemos e o PT não está alheio ao debate”, publicou Tainá, chamando ainda atenção para o racismo implícito na cobrança feita a políticos negros para esclarecem a falta de presentatividade da imagem.
As duas únicas mulheres entre 19 pessoas registradas na foto são a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann e Rosângela da Silva, noiva de Lula. No entorno de Lula e Alckmin, estão aliados políticos, parlamentares e lideranças partidárias como o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o prefeito de Recife João Campos (PSB) e Aloizio Mercadante.
Perfis de esquerda no Twitter também fizeram críticas sobre a ausência de pessoas negras e mulheres na foto.
“Pensei que era alguma foto de partido europeu, mas descobri que não. Esta é a chapa que representa a pluralidade dos brasileiros? Estou certo que não!”, publicou um internauta